cá estou!
há lugares extra-ordinários.
Quando esse blog nasceu eu ainda estava na casa dos 20, era universitária, fanzineira, gostava de ler, escrever e beber gim. Aqui havia um template lindo, textos intensos e por hora idiotas, rimas ricas e pobres, uma leva de leitores fiéis e simpáticos, seus comentários assíduos é que deixavam essa bolha cheia. Agora, na casa dos 30, minhas sedes não são de gim, sou mestra, professora, leio teorias e tenho um novo par de olhos. Não crio expectativas quanto ao retorno. Não crie!
30.3.10
3.3.10
1.3.10
Belo Horizonte já não me apetece.
Bastei das ladeiras e passos de um povo devagar!
Cansei das ruelas em asteriscos mal projetados, da tentativa de metrópole inacabada e dessa desconfiaça alheia.
Belo Horizonte nunca vai deixar de ser um projeto "do querer sempre mais".
Centros culturais rasgando a praça mais bela e o mineiro batendo palma feito menino da roça que vê um parque de diversão pela primeira vez.
Cidade do preço nunca posto, a mercadoria vale o valor da sua vestimenta, e o conselho é: para fazer compras e sair de bolso cheio, basta uma havaiana no pé que o mineiro terá piedade. A famosa hospitalidade camuflada...
Enjoei do sotaque fanhoarrastado, com palavras engolidas e português amarrado.
Quero uma metrópole de vergonha, uma cidade extremada, que não vista uma capa urbana de caixas de concretos e multidão aglomerada, quero a coisa escancarada, que flua ou pause num fluxo de verdade.
Não quero um lugar em que você é o time que você torce. Eu sou muito mais que caipiras com a bola no pé.
Eu quero muito mais do que esta cidade me oferece!
E dos dedos que preenchem as mãos, apesar de tudo, como toda cidade que cansa, Belo Horizonte tem sua exceção! mas, já deu o pouco que tinha que dar!
Bastei das ladeiras e passos de um povo devagar!
Cansei das ruelas em asteriscos mal projetados, da tentativa de metrópole inacabada e dessa desconfiaça alheia.
Belo Horizonte nunca vai deixar de ser um projeto "do querer sempre mais".
Centros culturais rasgando a praça mais bela e o mineiro batendo palma feito menino da roça que vê um parque de diversão pela primeira vez.
Cidade do preço nunca posto, a mercadoria vale o valor da sua vestimenta, e o conselho é: para fazer compras e sair de bolso cheio, basta uma havaiana no pé que o mineiro terá piedade. A famosa hospitalidade camuflada...
Enjoei do sotaque fanhoarrastado, com palavras engolidas e português amarrado.
Quero uma metrópole de vergonha, uma cidade extremada, que não vista uma capa urbana de caixas de concretos e multidão aglomerada, quero a coisa escancarada, que flua ou pause num fluxo de verdade.
Não quero um lugar em que você é o time que você torce. Eu sou muito mais que caipiras com a bola no pé.
Eu quero muito mais do que esta cidade me oferece!
E dos dedos que preenchem as mãos, apesar de tudo, como toda cidade que cansa, Belo Horizonte tem sua exceção! mas, já deu o pouco que tinha que dar!
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