Quando esse blog nasceu eu ainda estava na casa dos 20, era universitária, fanzineira, gostava de ler, escrever e beber gim. Aqui havia um template lindo, textos intensos e por hora idiotas, rimas ricas e pobres, uma leva de leitores fiéis e simpáticos, seus comentários assíduos é que deixavam essa bolha cheia. Agora, na casa dos 30, minhas sedes não são de gim, sou mestra, professora, leio teorias e tenho um novo par de olhos. Não crio expectativas quanto ao retorno. Não crie!
15.6.07
Há coisas soltas e perdidas nesse mundo que se esconde no irreal.
As circunstâncias dessa vida tão normal. Cansei de achados!
Tudo é na verdade como virar a página de um livro.
Sede que parece morar na ponta dos dedos.
Ânsia que baixa as pálpebras numa piscadela rápida.
Um batimento acelerado que caminha na construção do que já foi lido.
Página virada. Página virada.
Tudo posto e imaginado.
E na cabeça há um outro mundo, a gente constrói um outro ambiente do que foi narrado.
Talvez mais bonito ou mais singelo.
Com texturas e cheiros.
Degradês de cores.
Lúmens azuis.
E antes que chegue ao fim, a gente entende que felicidade se dá na mesma rapidez em que viramos a página de um livro.
Precisão que surge do verbo movimentar. Infinitivo "e" pessoal.
E depois que o livro se fecha, é sabido que basta ter cautela na sede dos dedos, na piscadela dos olhos, no passar de uma página pra outra.
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