bufo!
E me fechou a porta num jeito bravo!
De súbito eu lhe disse:
- Não faça assim Carlos!
Aqui dentro é frágil!
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Gente sentada esperando ela cantar.
Podia ver o vento levando seus timbres, graves e agudos.
Numa delicadeza quase aveludada.
A brisa do mar se costurando aos tons.
As cordas do violão...
Deixando agridoce aquele presente de domingo.
Naquele palco, ela cantava alto, palavras do sábio Jobim:
“Você vai ver
Você vai implorar me pedir pra voltar
E eu vou dizer
Dessa vez não vai dar
Eu fui gostar de você
Dei carinho, amor pra valer
Dei tanto amor
Mas você queria só prazer
Você zombou
E brincou com as coisas mais sérias que eu fiz
Quando eu tentei
Com você ser feliz
Era tão forte a ilusão
Que prendia o meu coração
Você matou a ilusão
Libertou meu coração
Hoje é você que vai ter de chorar
Você vai ver”
E eu pensando: Canta Paulinha, canta a Canção de Amor Banal pra eu gritar bem alto:
“É tarde eu sei
Não devo te acordar
É que andei pensando em nós dois
Fiquei feliz
Quis te falar
Quis te dizer
Que a lua tá la fora
Como quem pede pra te ver
Pra te chamar, te convidar
Pra você vir e ver como é legal
Andar sem rumo, andar sem lei
Só por prazer
Só por viver
Então meu bem
Abra essa porta e deixe frio
A noite, a lua e eu te convidar pra dançar.”
[Paula Tesser/ Valdo Aderaldo]
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quando a solidão é um sopro.
Bastou ele olhar pra ela e dizer:
- Um dia, ainda vou talhar a nossa história!
quando o amor nem sempre vira dança.
Ela contava para as amigas os dramas do seu primeiro amor:
- Éramos como cabaleta desritmada!
quando a rima cansa.
- Vai?
- Vou!
- Sai!
- Agora sou!
quando omitir é apenas omitir.
Bastou ele olhar para ela e dizer:
- Não é bem assim...
E ela responder:
- Eu já sabia!
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saga de teresa.
- Eu disse... eu disse pra você não ir!
- Mas era só um convite, uma cervejinha, dominó, um forrozinho...
- Teresa Teresa... Você não sabe onde está pisando.
- Sei sim!
- Ah sabe?
- Sei!
- Pois diga onde você está pisando...
- Em ovos!
- Teresa Teresa... Não brinca Teresa!
dá o play
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