A mãe tentava consolar a filha adolescente que chorava aos prantos de uma paixonite mal resolvida.
- Minha filha, o tempo há de curar essa dor. O tempo cura tudo!
- Não, não! Eu vou morrer de tanto sofrimento mãe... Eu sei que vou!
- Vai não meu amor, vai não. Finja que você é uma balança, transforme todos os sentimentos em peso e vais perceber que o desamor de repente surge, é feito flor desabrochando e que cada ação vinda dele é como um ato de regar.
Mas a menina estava numa idade da vida em que sequer tinha visto uma flor desabrochar...
Continuou chorando.
Um choro que fazia soluçar.
--
Diálogo bonitinho:
- Ela só serve pra me dar duas coisas nessa vida.
- O quê?
- Saudade e felicidade!
- Oura mais, é porque uma só caminha se tiver a outra
--
Ela me olhou com aquele par de olhos lacrimejantes e disse:
Compra flores brancas e deixa ao lado direito da tua cama, escreve um pedido num pedaço de papel e coloca debaixo do jarro.
Dias depois comprei um jarro de margaridas. Tão lindas! Peguei um pedaço de papel e nele - de forma bastante egoísta - rabisquei dois pedidos.
Pedi perdão pelo fato de ser dois, mas ambos são genéricos de felicidade.
--
Construção
Na hora de pensar ou falar de mim. Não esqueça que lá em cima cada pensamento e palavra tua equivale a um tijolinho.
você é tudo aquilo que você pensa, você é tudo aquilo que você diz.
--
Coisa de mãe
- Menino, deixa de palavreado feio!
- Eu não ó! Caralho, caralho, caraaaaaaaaaaalhooooooooo!!!
- Diabo! Se você não parar agora eu “taco” um chá de urtiga na tua goela.
E numa voz beeeeeeem baixinha, ele solta outro palavreado:
- Porra! Riririririri...
A mãe:
- Menino, menino...
--
Vai andorinha
É hora de voar.
Há vôo, que são muitos
Há vôo singular.
Vai andorinha.
É hora de pousar.
Diminui o bater das asas
Fixa o teu olhar.
Vai andorinha
Que tem hora de parar.
dá o play
Nenhum comentário:
Postar um comentário