24.7.08

Repouso, quase sempre sem cansaço algum; deito, olho para o teto, um bege tão bege que enjoa, um tanto vertiginoso.
Penso no tempo às vezes tão fugaz que mal consigo demarcar o amanhã; hesito proceder meus pensamentos, fugitivos ou covardes e convenço-me que fazem parte de um limiar aluncinatório, procedo.
Crio idéias, mapeio, sonho, tão nítidos que mais parece uma película rodando lentamente, se me vissem notariam um sorriso, daqueles que surgem no canto da boca.
Tento tatear as cenas, sentir os gostos, os cheiros diversos que o vento me traz.
Puf!
E lá está o teto, um bege cada vez mais bege.
Hesito proceder...
O tempo é malevolente.

Que temo!

dá o play na seta!

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