3.6.09

Se olhava no espelho e dizia:

Há um breu dentro de mim!
Que esconde toda e qualquer possibilidade de experiências compartilhadas.
De falas soltas ao desconhecido,
Narrativas nunca contadas.
O breu de mim.
Onde eu me perco e me acho sem muita proeza.
Lá, nada é sublime e tudo é vastidão!
O que não há muito sentido é esquecido.
E quando nele encontro algo ainda de mim.
Retrocedo calado.
Sinto e contemplo-o junto a cidade,
Dialogamos da maneira mais silenciosa.
Até que torno-me hiato!
Um grande e poderoso hiato,
Maiúsculo e alargado
No breu perdido em mim.


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