feliz ano par!
vai.
vai e não me deixa resíduos!
já aprendi a distinguir o gosto asco na boca; a evitar tudo aquilo que me falha!
a saber que angústia é um alfinete no meio do peito que ao respirar ele dá uma pontada fina lembrando que tá ali.
aprendi que amor que amor vira dança, amor que é amor não se cansa.
que entre mágoa e perdão há uma linha tênue quase invisível, que para caminhar por cima dela requer passos de paciência.
já entendi que o que escapa diante dos olhos são as miudezas mais supérfluas da vida.
que aqui a gente é aprendiz.
vai ano ímpar!
júpiter há de ser mais forte desta vez!
e peço ao Deus Jano, que abra dois mil e oito para uma vastidão de coisas boas.
já sinto cheiro de dias lindos.
e como diz Caio F.
“que seja doce!”
Quando esse blog nasceu eu ainda estava na casa dos 20, era universitária, fanzineira, gostava de ler, escrever e beber gim. Aqui havia um template lindo, textos intensos e por hora idiotas, rimas ricas e pobres, uma leva de leitores fiéis e simpáticos, seus comentários assíduos é que deixavam essa bolha cheia. Agora, na casa dos 30, minhas sedes não são de gim, sou mestra, professora, leio teorias e tenho um novo par de olhos. Não crio expectativas quanto ao retorno. Não crie!
30.12.07
29.12.07
Clara olhava Joãozinho lá de longe, os olhos brilhando de curiosidade.
Até que não resistiu e perguntou a Joãozinho:
- Joãozinho, por quê você ri tanto?
- Por quê? Porque dentro de mim moram borboletas!
...
Clara continuou sem entender.
Ainda era muito nova para amar.
Ou pelo menos mais nova que Joãozinho.
Até que não resistiu e perguntou a Joãozinho:
- Joãozinho, por quê você ri tanto?
- Por quê? Porque dentro de mim moram borboletas!
...
Clara continuou sem entender.
Ainda era muito nova para amar.
Ou pelo menos mais nova que Joãozinho.
21.12.07
Eu arrumava a mala e ele ao lado.
Quantas pessoas estariam arrumando suas malas naquele instante?
Muitas, talvez...
Mas talvez poucas estariam enchendo suas malas como eu.
E ele ali, parado, escorado na parede lilás clarinho, calado, engasgado, será?
Segurando uma lágrima tímida nos olhos bonitos.
E eu arrumando a mala...
Levando tudo meu, um pouco nosso ou tudo nosso.
Inclusive ele.
Quantas pessoas estariam arrumando suas malas naquele instante?
Muitas, talvez...
Mas talvez poucas estariam enchendo suas malas como eu.
E ele ali, parado, escorado na parede lilás clarinho, calado, engasgado, será?
Segurando uma lágrima tímida nos olhos bonitos.
E eu arrumando a mala...
Levando tudo meu, um pouco nosso ou tudo nosso.
Inclusive ele.
19.12.07
4.12.07
- ele me roubou as palavras.
- e agora?
- agora eu calo.
- mas pra sempre?
- talvez!
- mas...
- ou pelo menos até que inventemos novos vocabulários...
- é?
- é!
- tipo o quê?
- tipo: mai euqué cê filiz coele, ele coeu, nóis coaviola, os zóio trifásico, as bila, o bêju, os dengo, a linguage grilês e as onomatopéias de amô!
- eu hein!
ô besteira! dá o play
- e agora?
- agora eu calo.
- mas pra sempre?
- talvez!
- mas...
- ou pelo menos até que inventemos novos vocabulários...
- é?
- é!
- tipo o quê?
- tipo: mai euqué cê filiz coele, ele coeu, nóis coaviola, os zóio trifásico, as bila, o bêju, os dengo, a linguage grilês e as onomatopéias de amô!
- eu hein!
ô besteira! dá o play
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