29.12.06

Feliz 2007!!!
Que o Deus Jano feche todas as portas das dores, dos medos e das coisas ruins...
e abra portas e mais portas de felicidade àqueles que amo, aos pobres necessitados de tudo; aos velhinhos carentes de amor...
que amoleça o coração das pessoas más; que dê sabedoria aos ignorantes; luz para os ingênuos, sorriso para os mais humildes.
Que Jano perdoe as mentes insanas... que erga a mão à quem precisa de ajuda ou que feche de vez a porta daqueles que não têm mais jeito.

Nessa virada de ano, mentalizarei Deus Jano com muita esperança, desejando saúde, paz, alegria, amor e uma trilha sonora bem bonita para vida de todos.

"Jano - Entre o passado e o Futuro:
Jano preside tudo o que se abre, é deus tutelar de todos os começos; rege ainda tudo aquilo que regressa ou que se fecha,
sendo patrono de todos os finais.
Por sua dupla função, recebeu dos romanos dois epítetos principais: Jano Patulcius, ou "aquele que abre" e
Jano Clusius, ou "aquele que cerra".
Vivemos um Janeiro especial, de quádruplo caráter: início de ano, de década, de século e de milênio. A comunidade cristã desperta em seu 1º de Janeiro e estranhamente sente estar pisando o amanhã. Foi o futuro quem chegou, ou nós que o alcançamos? Mero sofisma, afinal, somos seres efêmeros, presos a um presente interminável que nos acompanha por toda a vida.

Janeiro, cujo nome se origina de deus Jano, foi acrescentado ao calendário por Numa Pompílio (715-672a.C.), sucessor de Rômulo, personagem histórico-mítico que, segundo Plutarco, teria fundado Roma em 21 de março de 753a.C.
Jovem maduro, Jano teria seguido pelo mar Tirreno até as terras que hoje são a Itália, acompanhado por uma extensa frota. Aportando, seu exército fez várias conquistas e Jano construiu sua cidade, Janícula. Daí passaria a reinar no Lácio (Latium Vetus, região de Roma, de onde vêm o latim). Saturno, destronado por Júpiter e expulso do céu, foi obrigado a viver no exílio e buscou inicialmente abrigo no Lácio, sendo bem recebido por Jano. Profundamente agradecido, ao partir, abençoa seu anfitrião com dom da mais alta prudência, conferindo-lhe o poder de ver o passado e o futuro ao mesmo tempo. Por esse motivo, os romanos cunhavam a efígie de Jano em sua mais antiga moeda, o asse, ora representando-o imberbe, ora barbudo, mas sempre com dois rostos numa mesma cabeça, voltados para direções opostas, de modo que suas faces nunca se olham. Uma delas pode ver somente o passado, conquanto a outra volta-se para a frente, antecipando-se no porvir. Escavações arqueológicas encontraram moedas com Jano bifronte tendo em seu reverso a proa de um barco, em menção ao domínio que os romanos lhe atribuíam, já que o consideravam introdutor dos barcos e do comércio".


21.12.06

tarda mas não falha!

das minhas publicações... é a primeira escrita sobre o tão querido, Caio Fernando Abreu, confesso que foi deveras difícil não rasgar tanta seda pro rapaz, mas o livro por ser lindo demais facilitou bastante na hora de escrever.
PEDRAS DE CALCUTÁ, lá nas impressões do Centro Cultural Dragão do Mar.

19.12.06

Momento Diarinho:
* Aqui vai ser curto, curtíssimo que a pressa é grande.
* Eu digo é valha!
* Prfff...
* "Te perdôo
Por ergueres a mão
Por bateres em mim
" [Chico]
* Nessa pausa de tempo sem escrever aqui, nada melhor que uma única vontade de vir para falar que: Peróba é linda!
* Eu quero caldo de cana by Acre.
* Eu quieta na minha PF.
* "Estou enamorada dos meus silêncios" [Virgínia Woolf]
* Estuuuuuuuuuuuuuuda Luana!!! E mesmo sem emprego, você há de ficar menos burra a cada dia.
* E tenho dito!
* Dia 23 é dia DELA. E ô dia bonito!
* Lha Lha, Lha Lha...
* Site Meter, você às vezes me surpreende.
* "Quando você olha por muito tempo dentro do abismo, o abismo também olha dentro de você." [Nietzsche]
* Dia 19 de Dezembro e nunca é tarde para montar uma árvore de Natal.
* o/
* De novo: eu digo é valha!
* Felicidade tem gostinho agridoce, bãaaaaaaaooo.
* " Eu não vou mudar não
Eu vou ficar são
Mesmo se for só
não vou ceder
Deus vai dar aval sim,
o mal vai ter fim
e no final assim calado
eu sei que vou ser coroado rei de mim
".
* É tempo de deixar o peito tranquilo e dar espaço as coisas boas que chegam feito surpresa na vida da gente... para serem zeladas e agradecidas todo santo dia. E esse ano não irei enumerar aqui o que irei fazer em 2007, que é para as coisas não desandarem feito leite derramado.
* Mas há de ser um ano bom, eu sinto!
* "Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue". [Adriana Falcão]
* Então é Natal...
... e o que você fez?


vaaaaaaaaaaalha!





4.12.06

.janela.


felicidade é um negocinho simples assim.


.pelos olhos de: luana cavalcanti. eu meeeeiiisma.
para visualizar melhor, basta clicar na foto.

28.11.06

Momento diarinho:
* Com muitas aspas.
* Às vezes eu me pergunto, que tamanha falta de sorte é essa que nem mesmo marcar um psiquiatra eu consigo.
* O verbo de hoje é: lembrar.
* O projeto deVERcidade estava lindo! O olhar é sim uma infinitude poética.
* Quero cinema!
* "eu morro um pouco toda vez que te digo adeus"
* Mah, a cobra morde o rabo.
* Para os que amam, ou desistiram de amar. UMA FLOR.
* Das palavras bonitas: gentileza.
* Ainda escrevo um conto onde colocarei essa frase: "as flores em guache ainda têm cheiro".
* Somente um, da lista de livros para comprar: azul e dura. beatriz bracher.
* Nem publicitária, nem professora. lascô!
* O que toca aqui é: what am i to you? norah jones.
* "não te abras com teu amigo
que ele um outro amigo tem.
e o amigo do teu amigo
possui amigos também...
" [Mário Quintana]
* O poema acima é quase um poema benjaminiano.
* Se Chico vier, estarei lá!
* Vou começar a juntar dinheiro no meu cofre de sapo, para um dia poder ir à Chapada Diamantina.
* "de cada luta ou repouso me levantarei forte como um cavalo jovem" [Clarice Lispector].
* Qual o tamanho do seu coração?
* Gripe.
* Disseram acolá, que aos 70 e poucos anos estarei a cara de Adélia Prado. Eu até que acho ela uma senhora simpática e espero daqui para os 70 e poucos estar escrevendo tão bem quanto a própria
* Eu quero ir ao Crato, eu...
* "Depois de todas as tempestades e naufrágios, o que fica de mim em mim é cada vez mais essencial e verdadeiro" [do Caio].
* Para MARIANA MARQUES, toda a minha saudade de horas prolongadas. E de sentir o cheirinho de chuva de qualquer lugar.
* Agradeço aos e-mails carinhosos e obesos de elogios quanto as resenhas que tenho produzido. E um agradecimento em especial ao João Carrascoza, pelos comentários e elogios tão eloquentes... Obrigada mesmo, isso de fato me instiga.
* "Mais limpo, mais eficiente e você encontra uma pessoa de melhor classe" [Oscar Wilde].
* Tenho medo do pensar alheio.
* Então é Natal?
* Lhamo.
* Para todas as pessoas, assim como eu... que acham a TRISTEZA BONITA.
* "Você acha que nos deixarão levar nossa última imagem, para não nos sentirmos tão sozinhos embaixo da terra?" [Julio Cortazar].
* Eu volto. Em tempo indeterminado.



23.11.06

das minhas produções:

resenha do livro LUNA CLARA & APOLO ONZE.

... nas impressões do Centro Cultural Dragão do Mar.

eu particularmente acho que esse é sem dúvida, um dos livros mais lindos de Adriana Falcão!

vejam o link.

17.11.06

eu sempre gostei de neblina!


.brígida baltar neblina maresia orvalho coletas.

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...... . . . . . . ...... . ...... . . ... ... . .... .. . .. . .... . .


a cada dia que passa, eu entendo que a arte contemporânea não passa de um ato de contemplação. quando possível.

"... é o mistério das coisas, do tempo, do espaço íntimo. acho que essa ação diz do imprevisível, dos acasos, do que não se sabe. tem uma coisa que eu descobri quando comecei a coletar: quando você chega perto da neblina, ela não está mais lá (pelo menos tão densa) mas mais adiante. isso traz também outros significados, alguma coisa que nunca vai ser apreendida"
[brígida baltar]



brígida é artista plástica, nasceu no rio de janeiro e seu trabalho "coletas de neblina, orvalho e maresia aconteceram entre 1994 e 2001.

13.11.06

1.11.06

Notícia Nova!

Novíssima!


Eu agora estou também no site do CENTRO CULTURAL DRAGÃO DO MAR.
Hoje uma pequena abertura com o já conhecido João Carrascoza... semana que vem, texto novinho em folha...

Passem lá.
Thanks!

30.10.06

...




"preocupação é uma cola que não deixa o que não aconteceu ainda sair de seu pensamento".

[Adriana Falcão]

23.10.06


"tristeza não tem fim, felicidade sim..."

era passante, e o vi com o cabelo bagunçado do vento que vinha não sei de onde...
olhos que de tão baixos escondiam a cor; um sorriso forçado no rosto que mais parecia imagem talhada a tristeza, caminhava como quem anda em pêndulos ...
ele tinha mudado!
até sua voz parecia não sair dali.

20.10.06

das rimas pobres...

a picuinha do outro é tão inha, mas tão inha, que não tem porque ser minha.


10.10.06

Momento Diarinho:

¬ porque já era tempo...
¬ o que toca aqui é Annie, com a música: Chewing Gum.
¬ mesmo confessando que nesse mundinho eu só confio em mim, só em mim. meu voto é 45.
¬ "eu sempre digo que posso ter uma solidão medonha com um vasinho de flores num canto. a gente pode enfeitar a amargura". [do Caio F.]
¬ dica de filme para ânsia de vômito: O Albergue.
¬ o verbo de hoje é: entregar.
¬ lendo: A mulher de costas. [Márcia Tiburi]
¬ é outubro e eu só corro... socorro!
¬ lembrete: Assinar revista Cult.
¬ "envelhecer é calcular" [Lígia Telles].
¬ o/
¬ eu vou dormindo e acordando, e vendo que a cada dia vai ficando um pedacinho da luana, e nascendo uma outra... tão bonita, tão determinada, tão otimista, tão tão... que me assusta tamanha audácia.
¬ das palavras bonitas: gota.
¬ meu povo, façam figa, façam.
¬ liebe!
¬ "o coração tem muitos quartos. no primeiro, logo o da frente, algumas lembranças dormem, umas riem, umas mentem, outras doem" [Adriana Falcão].
¬ é primavera?
¬ a gretchen tá viva!
¬ há alguém neste mundo que pague por miúdas e sensíveis resenhas?
¬ das minhas tentativas: eu agora como sushi! mas que seja hot de camarão com queijo, por favor!
¬ "não há outro mar além desse deserto que ora vejo; quanto do teu mar são lágrimas?" [Márcia Tiburi]
¬ a sofia, minha prima linda é tão do contra que fez o seu aniversário cujo tema era a "cuca". e tenho dito: tenham medo de virginianos!
¬ manhê, deixo um beijo.
¬ tenho produzido fanzines mega-especiais. sem direito a segunda via.
¬ das coisas que temo: aquele Acre ainda é todo rubro.
¬ "e quis ter os pés no chão
tanto eu abri mão
que hoje eu entendi
sonho não se dá
é botão de flor
o sabor de fel
é de cortar
" [los hermanos]
¬ comprei um brinquedo de fazer bolha de sabão, super, mega, ultra moderno, que faz mil e uma bolhas em tempo recorde. logo logo coloco uma foto para ilustrar.
¬ precisando de aulas particulares de literatura brasileira e redação? Luana Cavalcanti. e-mail: luana.cavalcanti@gmail.com
¬ devendo visitas acolá...
¬ "não durma pra trás existindo" [do Caio F.]
¬ feliz dia das crianças!

5.10.06


a natureza das coisas

"se avexe não...
amanhã pode acontecer tudo, inclusive nada.
se avexe não...
a lagarta rasteja até o dia em que cria asas.
se avexe não...
que a burrinha da felicidade nunca se atrasa.
se avexe não...
amanhã ela pára na porta da sua casa.

se avexe não...
toda caminhada começa no primeiro passo.
a natureza não tem pressa, segue seu compasso.
inexorávelmente chega lá.
se avexe não...
observe quem vai subindo a ladeira, seja princesa ou seja lavandeira, pra ir mais alto vai ter que suar".

29.9.06


o menino de lá escrevia num diário de folhas infinitas.
para um destinatário sem nome.


meu querido diário,
tenho uma dor chamada cisma.
uma dor que é só minha.
tem o olhar disperso e trejeito viril.
às vezes comprime por dentro, num jeitinho agudo que faz lacrimejar os olhos.
mora na rua das utopias. onde ninguém a vê, só eu!
gosta de me causar vibrações, algumas que me derrubam, outras que me ajudam feito sacolejos a merecer.
uma dor que nomeei de cisma, só por ser palavra bonita...
é imperfeita e quase palpável, de textura indizível e cores que nascem do preto.

uma dor que de tão doída, me faz escrever sempre borrado.


textinho escrito pós leitura de Luiz Vilela e seus contos melancólicos... voltei a ler, e consequentemente, ando tentando escrever; até porque, como dizia Carlos Drummond: "Lutar com palavras é a luta mais vã. Entanto lutamos mal rompe e manhã. São muitas, eu pouco (...) Palavra, palavra (digo exasperado), se me desafias, aceito o combate".

25.9.06





naquelas pálpebras baixas...
mora uma tristeza gritante.

já não vejo mais a cor dos olhos dela.

20.9.06

pois.

eu aqui, pra deixar link de artigo meu: O SENSÍVEL NAS LINHAS DA ESCRITA.
um artigo sobre o joão [no plural].
guimarães e carrascoza.

...

"Descobririas que as coisas e as pessoas só o são em totalidade quando não existem perguntas, ou quando as perguntas não são feitas. Que a maneira mais absoluta de aceitar alguém ou alguma coisa seria justamente não falar, não perguntar - mas ver. Em silêncio".

[porque esse mês é todo dele. porque esse mês é todo nosso] ---> Caio Fernando Abreu.

...

e por esse mês ser não só do caio, e sim meu também... comemorei meus 25 aninhos em grande estilo: cardigans + franz ferdinand + muito frio.

sem mais!

...

e agora é tempo de dedo cruzado e pessimismo de lado.

[e a rima foi proposital]

25.8.06

das coisas que não têm nome.

... e disse:

- é um gostar bonito e sem tamanho, que dá aquela vontade de chorar mas não chora, porque é tão de dentro, tão de dentro, que o de fora é miúdo demais para um sentimento grande e serelepe.



16.8.06

é de um azul clarinho diferente o céu que cobre o de cá.
tenho experimentado apreciar o cheiro de dias felizes, e exercitado a bochecha com sorrisos largos.
me despedi da solidão que eu mesma cultivava como uma desculpa de pedir dengo a quem chegasse perto.
hoje espero o dengo, assim, aqueles que chegam por acaso e dá aquelas sensações indizíveis que você se pergunta de onde vem?
deixei a felicidade bater na porta acompanhada com todos os clichês possíveis.
quero cores e texturas para as horas, pra poder rabiscar no calendário um traço no dia que foi e usufruir com ânsia o dia que ainda vem.
quero agregar valores que me brotem poesia.
tenho gostado mais de mim, e consequentemente dos outros, dessa cidade que me acolhe, dos amigos que têm tempo e dos que não têm tempo.
tenho gostado mais ainda dos livros que já li e até dos que não li.
e hoje, acordei com aquela vontade de se ser feliz, como quem compra um cata-vento pra se guiar e acaba se deixando levar...

8.8.06

aos leitores deste blog, amigos, curiosos e demais...

estou com meus pés três ponto quatro em solo nordestino, onde o sol é forte e o vento mais ainda.
e não faz muito tempo que cheguei mas já é artigo, trabalhos, provas e uma ruma de turbulência na cabeça que eu já estava por sentir falta.
tive aulas com Roberto Machado, o que me deixou mais instigada para a literatura, só preciso reorganizar os meus horários. só isso.

...


lá, preciso nem dizer que foi ótimo rever a família, a festa de bodas de ametista dos meus avós foi uma delícia, muita comida, família reunida. a sofia [neta caçula] cada vez mais linda, passei duas semanas babando e quando ela soltava um sorriso, era como se ele fosse crescendo em mim e se alargando, se alargando, alargando...

...


ganhei dinheiro trabalhando para um candidato a governador. vou guardar para comemorar meus vinte e cinco aninhos em setembro.
muito embora tenho sido a metade do valor prometido, foi na verdade uma quantia boa e bem vinda para uma pessoa desempregada como eu.

...


no mais, só uma saudade de lá.
de todos!

...


ouvindo The Cardigans: Losing a friend.

26.7.06

22.7.06

tudo aqui tem cheiro de infância.

...


porque hoje é aniversário DELA. eu queria te dar uma tarde feliz, daquelas que só a gente consegue ter.

...


trouxe cinco livros, mas não tenho conseguido ler nenhum.
pensamento longe...
nem caio, nem woolf me prendem.

...


andei me "fantasiando" de publicitária esses dias...
a pesquisa qualitativa foi interessante, gostei! mas gostei mais ainda do preço que estão me pagando para participar dela.
eu acho que o acre é o grande lance!
só sei que depois da campanha, irei comemorar meus 25 aninhos em São Paulo, ao som de The Cardigans.
porque todo mundo merece realizar um sonho.

...


"s"


21.7.06

Tocava Noel Rosa ao fundo.
Ele veio devagar e com os cabelos mais grisalhos que ontem.
Pediu com um sorriso nada forçado, que a atendente trouxesse uma tigela de sopa de feijão; quebrava algumas torradas ao meio, outras jogava inteira e as afogava com a ajuda da colher, bem devagarinho, numa cena coberta de melancolia e uma solidão gritante nos olhos.

18.7.06

Lá de cima, a minha terra é a mais bonita de todas!
Peguei o avião com a Fernanda Young, descabelada, diferente, como sempre, e lá, lá no aeroporto, com toda a demora das malas que não chegvam até os passageiros; após 10 minutos de reclamação da moça ela me tira uma máquina de filmar de dentro da bolsa e pede que Renata [sua amiga] filme a sua cara de abuso diante de toda a multidão que também esperavam suas malas, faz caras e bocas para a câmera, e eu ao lado, olhando tudo e esperando. Lembrei que eu também tinha uma câmera na bolsa, mas nem uma pitada de ignorância e arrogância, ou impaciência por dentro, essa era a diferença... minha timidez não me permite que eu bote em prática alguns de meus pensamentos, mas eu bem quis chegar pra ela e dizer: ô Fernanda, desculpa interromper seu teatrinho, mas só queria dizer que você está em solo acreano, que aqui algumas coisas funcionam bem, outras nem tanto... mas o povo aqui éextremamente apaixonado por sua terra, então, veja bem o que você fará com esse vídeo, porque até então eu ainda admiro muito o seu trabalho!
Mas a besta aqui calou. Calei! Mas é isso mesmo, a moça agora ganha dinheiro pra irritar o povo... é isso aê...
Bem, cheguei em Rio Branco, a casa reformada, muita coisa mudou. As cores, os ambientes, algumas coisas apagam um pouco do que eu guardava na lembrança, mas já abro espaço para novas histórias.
Eles reclamam de barulho, da bagunça, mas é notável o sorriso bonito quando os netos estão por perto, quase todos, faltou somente Joana que não veio por motivo de trabalho.
Tive um almoço especial para a minha chegada, Candice ia gostar da "galinha picante".
Meu avô agora arrumou uma profissão, é agricultor. Já plantou de tudo no terreno ao lado; tem mamão, côco, verduras, pitanga, manga e cana. O maior plano dele agora é que quando a cana estiver grande, no ponto, ele vai comprar uma engenhoca e fazer garapa para os netos.
Dormi com uma menina linda, a criança mais linda que já vi. Me fez contar histórias as duas da manhã, quando meu sono era o das quatro, por causa do fuso.
Amigos visitam, família também. É riso solto pela casa toda. Uma sensação boa, inexplicável. Ganhei um churrasco surpresa, com alguns dos poucos e grandes amigos que restaram, foi bom relembrar de mil e uma coisas passadas.
Amanhã vou dar uma de publicitária, acompanhar uma pesquisa qualitativa de um candidato a governador... vamos ver se pego gosto pelo meu diploma.
Leio Pedras de Calcutá, quando o calor permite.
Um Ipod tocando trilha sonoras de uma saudade que é imensurável. De tudo, de todos e alguns em especial.


Ouvindo Travis, Moby, Keane, Norah Jones, Los Hermanos.... A toda hora.

14.7.06




férias


duas semanas acordando seis e quarenta da manhã, para ouvir uma senhora tagarelar coisas bonitas e complicadas, também. e apesar de ter dado hoje um suspiro de férias, levo comigo alguns textos, porque tem artigo pendente e quatorze questões para elaborar e responder. ai!

...


viajo domingo, ansiosa para ver todos. ontem descobri que estão pintando a casa, que já foi reformada, mas só agora vou poder ver, ouvi dizer que tá uma beleza!
as bodas de ametista do casal mais lindo daquele Acre promete ser animada, com banda tocando e tudo mais...
me contaram que o senhor delegado e aquela dos zoim baixo estão de sorriso largo com a "netarada" toda ao redor. ô véi babão!

...


vinte quatro dias é tempo!
suficiente para descansar a cabeça e cansar com outras tantas coisas.
tempo pra acreditar em umas coisas e desacreditar em outras.
para agradecer estar longe de uns e lamentar a distância de outros.
tempo para lembrar e esquecer.
é tempo para o tempo.

...


quero chuva para banho no meio da rua.
quero frio para ganhar abraço mais que de costume.
quero churrasco e sentar na mesa de três metros com todos os cavalcantis.
quero roubar papoulas para a sofia como se fosse a flor mais linda do mundo.
quero colo de mãe.
cafuné de avó.
dengo de avô.
quero dançar com o homem da casa.
morrer de rir com uma flor morena.
tagarelar literatura com aquele que é a minha versão masculina.
quero sorriso de amigos de infância.
quero férias no Acre pra melhorar o tum tum tum atordoado que tá aqui.

...


"pois é, não deu
deixa assim como está sereno.
pois é de Deus
tudo aquilo que não se pode ver
e ao amanhã a gente não diz
e ao coração que teima em bater
avisa que é de se entregar o viver.
pois é, até
onde o destino não previu
sei mas atrás vou até onde eu consegui
deixa o amanhã e a gente sorri
que o coração já quer descansar
clareia minha vida, amor, no olhar" [los hermanos]

...


bye bye. darei novas notícias logo logo, com gostinho de cupuaçu.

12.7.06

tateando massinha.

remexeu no diário da filha para tentar compreender o motivo de tantas intrigas...
ao folhear os dias, leu:

"tenho me sentido uma massa de modelar!
feito aquelas que você pega e esquece ela nas mãos, vai só moldando, moldando, moldando...
amassa de um lado, aperta do outro.
hoje pareço um amontoado de massa de todas as cores, sem forma, sem jeito.
cores que vão se misturando e formando outras cores indecisas, indefinidas.
mas ainda espero uma forma bonita pra mim.
talvez uma boneca com cabeça, tronco e membro.
um sorriso largo, olhos apertados ainda como os meus.
eu seria uma boneca independente. e apesar de ser de massa, não deixaria que ninguém me modelasse.
aí eu me moldaria conforme o mundo, os dias, as horas, as pessoas.

... na certa eu seria mais feliz".

5.7.06


Apesar de.

Tinha um sol já bonito quando o ponteiro do relógio marcava sete da manhã.
E eu tenho duas semanas para acordar bem cedo e ouvir uma velhinha fofa explicar toda a função da literatura. Ela é tudo que eu quero ser quando crescer! Uma senhora faceira e sabida, que hoje me fez acreditar mais na minha especialização em Literatura Brasileira, me fez acordar mais disposta
Já a pós de comunicação e cultura... bem, melhor calar.
Pois... me expondo mais um pouco...
O que era dia nove, agora é dia dezesseis. Viajo somente dia dezesseis, vou carregar no peito as sempre dez pessoinhas com sobrenome saudade; vou cheia de tudo, cheíssima!
Como diz minha BEBEIM, eu tô valendo 2000 reais no "mercado branco". É isso aí! E mais uma vez, viva o tacacá, vivaaaaaa!!!
Bem... lá eu dormirei tarde e acordarei cedo; pelo menos uma vez na semana tomarei um café da manhã no mercado, com o velho mingau de banana e farinha de tapioca, bolo de macaxeira e "pão de milho". Matarei a saudade dele que canta Adoniran Barbosa para o mundo todo ouvir. Vou segredar com ela que é além de mãe a minha melhor amiga virtual. Vou jogar baralho com aquela que é um pocinho de delicadeza. Jantar picanha com a morena mais linda. Tomar sorvete com o oposto de mim. Vou buscar um sorriso num rio que não é branco... Um sorriso no meu Rio Branco.
Dos 15 livros novos que tenho e que ainda não li, levarei apenas Caio e Virgínia Woolf, não sei ainda se é a melhor escolha para vinte e poucos dias em que se quer descansar a cabeça e o peito; mas até então são os únicos já na mala.
O pacto com Agosto permanece; e sexta-feira já inicio a minha paquera com o segundo semestre. Espero que eu seja correspondida dessa vez.
Ando costurando planos em panos de cetim. Comprei envelopes para escrever cartas. Tenho mapeado uma mega festa pra matar a saudade daquela que vai para o interior e é recebida nada mais nada menos com um belo arco-íris. Já disse que isso é coisa divina, e não passa de um belo sinal.
Decidi não insistir mais no tempo alheio.
Ando catando dias bonitos ao lado daqueles que não preenchem todos os dedos das minhas mãos, mas preenchem o que vez ou outra parece um vazio em mim.
Prometi fechar os olhos para a multidão aglomerada que cataloga os meus passos.
E isso, e aquilo, e aquilo outro...


Eu ainda não comprei o girassol, mas já o vejo no meio daquela mesa preta de centro.




29.6.06


"De alguma forma, todos os dias alguém bate à nossa porta e nos convida a desistir. Não desistimos de teima quem sabe até meio burra"
[Nélida Piñon]

É tempo de desconfiar de tudo, das pessoas, dos ventos tortos e até mesmo das sombras; a minha, a da árvore que nasceu num lugar extremamente estranho, as sombras alheias, as que eu já temia e as que nunca temi, até mesmo a sombra do pássaro que voa apressado... Das falácias e de muito mais.
Depois de alguns meses e muitos dias, é hora de voltar a treinar a técnica do silêncio. Tenho tido pesadelos; certa vez vovó me disse que dormir de barriga vazia dá pesadelo, ou seria de barriga cheia?
Não sei... eu já nem lembro mais. Só sei que tenho acordado assustada algumas vezes, sensação de que tem muitas e muitas sombras me perseguindo, no sonho, nas ruas e até mesmo dentro do meu carro. Às vezes o Acre parece tão perto; tão Nordeste, essa metrópole miúda em que não se pode ir a praia molhar os pés porque tem sempre uma espécie de terceiro olho, que não é seu mas que lhe acompanha a cada passo.
E além disso, pior é a minha mais nova fobia... fobia de ler.
Sim sim, dia desses tinha dito aqui mesmo que eu tinha voltado a ler, mas foi só uma fase, que durou um dia se não me engano.
Ontem deitei com Caio - o Fernando Abreu - mas o fato é que temo ler algumas coisas hoje em dia, os tapas na cara que o Caio dá não são cabíveis para a minha situação de agora, nem mesmo Nietzsche, nem mesmo Carrascoza e Adriana Falcão que tanto amo, nada é sádio nesse momento. Porque já não preciso ler pra compreender ainda mais algumas coisas da vida; tá tudo posto, estirado, espatifado, narrado, estraçalhado...
É um cheiro de angústia exalado pelos quatro cantos da casa. Fiz um pacto com Agosto, pretendo que tudo mude, que eu me sinta mais bonita, que eu volte a ler sem medo, que eu vá pra aula com mais ânimo, que eu arrume um emprego pelo menos em uma, das dez escolas que pretendo mandar currículo; que um dia eu ganhe dinheiro pra alugar um casulo menor que caiba somente eu, ou o dobro de mim em pessoa, e um cachorro talvez... porque cachorro faz festa quando você chega em casa, porque dengo de cachorro também é bom. E a única coisa que tenho viva dentro da minha casa além de mim, é um cactos, que não pula, não lambe, mal tem cheiro de terra e ainda por cima, espeta. Mas enquanto nada muda, pretendo comprar um girassol ainda essa semana, porque se movimenta conforme o facho de luz for entrando dentro de casa, porque é bonito...
Combinei comigo de não engolir sorrisos ao saber que metade da população dá conta da minha vida quando na verdade eu acordo pensando só em mim e mais ninguém.
Do lado de fora da janela, para dentro, é um amontoado de coisas só minha e que zelo como se fosse esse amontoado que me sustentasse nos dias, que me desse ânimo pra acordar, pra sair de casa e passear no centro numa segunda-feira qualquer.
Eu faço planos, e os guardo junto com esse amontoado meu, que nem sombra, nem terceiro olho, nem blog, nem ninguém é capaz de arrancar de mim.
A minha vida é esse pedaço de um metro e meio, tão miúdo, mas tão miúdo... que eu peço em nome de todas as crenças do mundo que deixem ela de lado, de banda, abandonada, jogada por aí, por acolá... eu vou agradecer do fundo do meu coração, se deixarem o meu sorriso em paz, a minha rotina, os meus temores.
Cansei desse mundo Pandora, onde tenho a sensação de que eu sou a única caixa em que todo mundo quer abrir.
Minha vida é tão sem graça, tão parada, tão velha por diversas vezes. Não há nada de interessante em mim nem no meu amontoada de coisas, nada! Nada que gere aplausos ou sorrisos alheios, eu continuo acordando pra ler e lendo pra dormir... e é assim que vivo todo dia. E vou agradecer, com aquele meu velho "sorriso cego" que muitos ou poucos conhecem, se esse "mundo Pandora" pegar um rumo bem longe da minha janela, do meu amontoado de coisas e dos meus passos com pés miúdos.

Obligé!

"Porque as cidades, como as pessoas ocasionais e os apartamentos alugados, foram feitas para serem abandonadas" [do Caio]

27.6.06


das palavras cruzadas...

é um sorriso que vai se alargando alargando... como se fosse puxando tudo de dentro com o movimento dos lábios, o levantar da bochecha, o trincar dos dentes ou um sorriso aberto; cada movimento puxa um infinito das coisas de dentro, todas sem nome.
as palavras me são pobres em algumas ocasiões, quero rimas ricas e cheias de cores, cheiros e texturas finas.
quero chuva fazendo música na janela do meu quarto, quando a noite parece sem fim, quero um sol bem amareloalaranjado pra deixar os dias com brilho.
quero continuar tentando encontrar dentro de mim, uma palavra que seja ímpar, que seja singular, e é com um sorriso cada vez mais largo, que tentarei buscar no vazio das coisas ou até mesmo onde é coberto de sentimentos que desconheço, um pedaço de dias felizes...
e de olhos fechados ou não.
eu só quero sorrir!

20.6.06

catalogando um pouco do pouco.


estudar a história da música é um tanto complicado.
___________________________...

nove de julho, luana made in acre.
e viva o tacacá, vivaaaaaaaaa!!!
_______________________________________...

passa...
___________________________...

eu voltei a ler, eu...
_______________________________________...

artigo de no mínimo cinco páginas sobre Guimarães Rosa.
___________________________...

jogos "fulêros" esses do Brasil.
com acento bem circunflexo.
_______________________________________...

seminário sobre conto contemporâneo.
é o quê?
___________________________...

bammel
_______________________________________...

ainda sem muito saco pra escrever.




8.6.06

comunicado importante:

é junho e as coisas se aglomeram numa proporção assustadora.
...
o fato é que vou me ausentar desse blog!
vou me atracar a literatura e filosofia, a hidroginástica porque todo mundo tem que se exercitar, as coisas miúdas que arrancavam um leve sorriso.

aqui vai ficar fechado para balanço, não sei por quanto tempo, mas o suficiente pra eu voltar e escrever coisas bonitas.

enquanto isso, deixo o link da minha produção mais recente:

A PALAVRA DILATANDO HORIZONTES.


fiquemos com deus, com nossa senhora das coisas boas... fiquemos com nossas crenças, seja qual for.

4.6.06

da janela de cá é mais ou menos assim





quem atravessa a rua ao lado, passa por um céu de bandeirinhas verde e amarelo


ps - pra visualizar melhor, basta clicar na foto =]

30.5.06

Momento Diarinho:

¬ Um blog jogado às traças, jogado às teias... O fato é que há muita coisa pra ser escrita e esse blog às vezes parece pequeño pequeño. Há também uma falta de tempo enorme, pelo menos um tempo psicológico. Trabalhos a fazer, "a palavra dilatando horizontes". Projeto cultural da turma "Maluca". Antígona pra ler... etc etc.
¬ Tenho uma luminária de autista, em que a geléia esquenta e a bolhas sobem, e as bolhas descem e eu fico abestadinha olhando esse movimento sem nexo.
¬ O que toca nas caixas de cá é: Norah Jones, com a musiquinha Sunrise.
¬ Mãe, gosto do teu silêncio na caixa de comentários desse blog não, gosto não...
¬ "Aprendi a fazer com que as palavras deslizassem sobre o meu corpo, lentamente, como pétalas caindo no Outono. Mas agora sinto-as em ninhos sujos, separadas de mim, furando-me a cabeça e saindo-me da boca como se ninguém as tivesse dito, e nascessem e morressem sozinhas" [Inês Pedrosa].
¬ Eu vou fazer oficina, eu. A terceira margem da imagem (escrituras / visualidades), com Adolfo Montejo Navas, no Centro Cultural Dragão do Mar.
¬ Luana cultivando uma úlcera. Ai!
¬ O que me deixa feliz: dirigir meu carro com candiice ao lado, ouvindo música bem alto sem ter pra onde ir.
¬ Siuqwiuqioruiasjfdkjashfkjahwkzyxwaudade.
¬ O verbo de hoje é planejar.
¬ Eu sou a pessoa mais feliz do mundo porque tenho meu Ipod e uma máquina digital nova que deixa qualquer foto bonita. Sim, eu sou fútil às vezes!
¬ Toddynho é bom, toddynho é legal, toddynho é bom sensacional.
¬ Recado: Ciana, tu só aparece aqui nesse blog réi quando tu ta no Crato é? Arre égua! Saudade.
¬ "O vazio é o nome espacial do nada. No corpo ele é o estômago ou a tristeza. O vazio sempre está no corpo. Sou a favor de que uma pedra seja colocada na lugar do estômago" [Márcia Tiburi].
¬ Das palavras bonitas: coisinha.
¬ Porque viajar deixa a gente liiiiiiiisssss...
¬ Eu queria ser Caio Fernando Abreu!
¬ "Pois é, não deu
Deixa assim como está sereno
Pois é de Deus
Tudo aquilo que não se pode ver
E ao amanhã a gente não diz
E ao coração que teima em bater
avisa que é de se entregar o viver
Pois é, até
Onde o destino não previu
Sei mas atrás vou até onde eu consegui
Deixa o amanhã e a gente sorri
Que o coração já quer descansar
Clareia minha vida, amor, no olhar
" [Los Hermanos].
¬ A Clarice dizia que a macabéa era tão pobre, tão pobre que só comia cachorro quente.
¬ Uma pitadinha de literatura coçando a beirinha do coração. Saaaai danada!
¬ Dica de filme: O terceiro olho [pra não piscar um minuto] / Uma vida Iluminada [pra achar tudo lindo].
¬ Selig!!!
¬ LELLA, o prêmio é nosso! \o/
¬ Das coisas que eu queria hoje: Meus trabalhos todos feitos.
¬ Vontade de dançarrrr rrr rrr r rr rr rr rr r r r...
¬ O Centro da cidade continua lindo...
¬ "Tudo aos poucos vira dia e a vida - ah a vida - pode ser medo e mel quando você se entrega e vê, mesmo de longe". [do Caio]

24.5.06



O sol demora a se pôr de lá de cima.
Talvez porque o lá em cima parece não acabar nunca e tudo tem tamanho de caixinha de fósforo.
Carreguei dez pessoas dentro do peito; cada uma com sobrenome saudade.
Até que chegamos em São Paulo, eu e ele.
E São Paulo é grande mesmo quando vista de lá de cima. Uma cidade cinza, um facho de luz cruzando os prédios...
O MAM; o MASP; Pinacoteca; Estação da Luz; a Sé; Ibirapuera; 25 de Março, Vila Mariana...
Tudo é lindo!
Cidade para ser fotografada com o diafragma dos olhos, a cada passo, e eu definitivamente não sei descrever todas as imagens.
Então, peço licença ao Zeni e uso aqui suas aspas:

"É sempre noite no metrô, mesmo quando se desce pelas escadas rolantes com uma música na cabeça, que é como continuar a rolar no embalo do som, caminhando, ritmado, carregando o dia lá de fora. É sempre o mesmo breu e o mesmo efeito de imagens refletidas nos vidros, umas luzes que correm ao longe do túnel.
A música, boa música na cabeça e as pessoas que vão ficando menores na plataforma quando o trem acelera. Demora um pouco para se perceber que o escuro dura. Uns olhos que se fecham lentamente: ela pousa as pálpebras no lugar e volta a abrir os olhos e faz assim algumas vezes com um sorriso nos lábios pintados de vermelho.
A chegada do trem à estação. Bom quando o trem chega àquelas estações abertas, acima do chão.
Um pouco de ar, um pouco de luz. Dá pra ver a cidade (e a cidade se toca da existência do metrô).
O jogo de reflexos nos vidros da estação faz com que um poste de luz se encaixe no corpo de um homem. De pé, dentro do outro vagão. Seu corpo é poste e fiação, resistência e ligações clandestinas.
Os grandes cílios parecem que ondulam. O lápis no olho, a sandália no pé, as pernas cruzadas, a música: cruza e descruza as pernas e o sorriso está lá.
Tem uma bolsa no colo.
A cabeça se equilibra acima do poste: o homem no metrô, o poste lá embaixo na rua, unidos no vidro. O trem acelera dentro do túnel de novo.
Um grupo de garotas conversa sobre os meninos do cursinho. Os olhos de um velho de pernas cruzadas escorrem de visgo. O nervo, o vinco e o visgo. Desculpe incomodá-los, mas venho humildemente pedir uma ajuda, uma contribuição, que a situação não está fácil, são as crianças na escola e os velhos doentes...
As pessoas dormindo. Duas senhoras de pernas e pés inchados. Os office-boys e suas pastinhas. Os caras de terno. A música na cabeça. A escuridão do túnel. A música, que é um lance que faz pirar mesmo. Ficar no embalo da música. Que para quando o metrô chega na estação.
O barulho dos freios. As portas se abrem. Aquela gente toda saindo dos vagões.
Todos os sons (os que existem e os que não). A música volta e é como se ela tivesse só abaixado um pouco aqui dentro. As escadas rolantes - subindo, subindo, em velocidade constante - e de novo o dia, do lado de fora, que já dá para vê-lo surgir. A luz. Caminhando, ritmado. O som no máximo
".


e acho que as aspas explicam a minha preferência pela calmaria...

14.5.06

missiva.

eu cheguei lá em forma de envelope.
um papel com textura macia e de um azul clarinho bonito.
o carteiro deve ter entregue pessoalmente; e só ele pôde ver aquele sorriso bonito estampado no rosto dela, naturalmente os olhos ficaram apertados de alegria e a face corada, como ficava quando a timidez me permitia desabrochar sentimentalidades, mesmo que confusas ou certeiras demais, porque nem sempre eu guardava tudo que sacudia, mas vez ou outra eu recuava algumas ações, pra evitar reações negativas. funcionava, funciona.
ela desligou o fogo que fervia a água para passar o café fraco e açucarado - ela sempre faz café no meio da tarde - foi para o quarto, sentou na beirinha da cama; o azul das paredes parecia mudar para um azul também clarinho, feito o do envelope, como um degradê, e meio que sem entender o porquê da minha visita... ela me rasgou.
com os mesmos dedos finos e macios que me acariciava os cabelos quando o sono baixava as pálpebras e me fervia os pensamentos. que não passavam por um triz dos pensamentos dela... muito embora eu quisesse.
certamente ela tinha sentimentos sinceros e mais leves que o meu, na certa não sofria como sofro.
e então, ela me puxa sem medo do todo. talvez tenha pensado que eu teria chegado em forma de envelope apenas como mais um dos meus agrados.
e eu cheguei com o cheiro do mesmo perfume que uma certa vez ela disse ser bom.
tudo que tinha por dentro de mim, do azul, foi posto em cor vermelha, pra intensificar o que bulia todos os dias e me faltava o ar.
então ela me segura com toda aquela delicadeza que só ela tem.
presta atenção em mim...
passa pausadamente os olhos bonitos de sempre, com uma única certeza, a de não estar entendendo nada a respeito de minha súbita visita, apesar de eu ter lhe arrancado um leve sorriso a princípio. eu sabia que no começo seria de uma estranheza maior do que a que me possui, mas eu não podia silenciar, não dessa vez.
e com palavras alheias, descrevi o que era fumegante e bonito, de uma beleza que eu jamais poderia partir sem antes dizer:

"que coisas são essas que me dizes sem dizer, escondidas atrás do que realmente quer dizer? tenho me confundido na tentativa de te decifrar, todos os dias. mas confuso, perdido, sozinho, minha única certeza é que de cada vez aumenta ainda mais minha necessidade de ti. torna-se desesperada, urgente. eu já não sei o que faço. não sinto nenhuma outra alegria além de ti.
como pude cair assim nesse fundo poço? quando foi que me desequilibrei? não quero me afogar: quero beber tua água. não te negues, minha sede é clara
".

e...
eu fui, mas deixei com ela o envelope e tudo que crescia em mim, mesmo que sem o seu consentimento.





11.5.06


eu ensoberbeço!

aprendi a língua do silêncio.
alguns dos meus pensamentos são grandes demais para o mundo, e o que compõe o mundo é pequeno demais para os meus pensamentos.
mas só um metro e meio como eu é capaz de guardá-los tão bem.
já fiz o teste de rabiscar numa folha de papel e depois joga-los fora; mas até os mais absurdos e mais insignificantes não merecem ir para o lixo.
quando tentam me escapulir; aperto os olhos, trinco os dentes ou então os boto para dormir mesmo que não haja sono em meu corpo.
e de repente eles surgem no sonho, alguns com cenários tão bonitos e coloridos; outros em forma de pesadelo, trazendo com eles a angústia, a taquicardia e a vontade de cobrir o corpo dos pés à cabeça com um lençol como se fosse um escudo.
por isso... aprendi a língua do silêncio.
e apesar de ter a sensação que uma hora ou outra irei explodir, eu, definitivamente confio mais em mim!

eu e meus afogadilhos...

7.5.06

sem título

dias que já nascem azedumes...
acho que herdei a fortaleza da minha mãe, só pode! e o que sei é que tenho precisado purificar minha casa imediatamente. acho que vou ao centro comprar incensos; um anjo com nome de ieiaiel; irei à praia essa semana, tomar banho de mar e deixar que as ondas levem tudo de ruim; rezarei 30 pai nossos e 20 ave marias para àqueles que têm a vida péssima e acha que todo mundo que é feliz tem de estar no mesmo barco.
vou ao salão gastar o "meu dia de noiva de todo mês", pagarei caro para uma boa depilação, sobrancelhas modeladas, unhas lixadas e cobertas de esmalte clarinho, banho de lua, cabelo aparado e muitas revistas de fofoca; é bom ver que pessoas bonitas e famosas sofrem com coisas corriqueiras, também.
_____________________________________...

"e hoje não. que não me doa hoje o existir dos outros, que não me doa hoje pensar nessa coisa puída de todos os dias, que não me comovam os olhos alheios e a infinita pobreza dos gestos com que cada um tenta salvar o outro deste barco furado. que eu mergulhe no roxo deste vazio de amor de hoje e sempre e suporte o sol das cinco horas posteriores, e posteriores, e posteriores ainda." [do Caio]
_______________________...

o nome é "pacto maldito".
não sei se porque ando com minha sensibilidade por um triz, só sei que esse filme me causou uma angústia inexplicável, mas mesmo assim, não faz com que eu evite de dizer: é um belo filme!
_____________________________________...

a louca que mata os pais; o jornalista que não é preso; o mensalão; um palhaço fazendo greve de fome, um outro de braços cruzados; advocacia profissão do cão; a bolívia a bolívia...
e eu...
eu...
"vou-me embora pra Passárgada!"
_______________________...

lá onde faz onomatopéias de tum tum tum...
não há espaço pra mais ninguém!
_____________________________________...

La puta madre!
_______________________...







3.5.06

Momento Diarinho:

¬ O que faz barulho aqui é: Jamiroquai [mas não sei o nome da música].
¬ Trocadilho: O meu porto é seguro.
¬ Das palavras bonitas: ruptura.
¬ Porque AQUI é bom demais!
¬ "Minha solidão, na volta de tais encontros, era grande e árida. Cheguei a ler livros apenas para poder falar deles. Mas uma amizade sincera queria a sinceridade mais pura. À procura desta, eu começava a me sentir vazio. Nossos encontros eram cada vez mais decepcionantes..." [Clarice Lispector]
¬ Dica de filme: Nicotina.
¬ Luana, é o seguinte... O segredo da vida é segredar!
¬ Aos que gostavam do tal "LIBÉLULA", comunico que o mesmo foi deletado. Só me resta este ensaboado blog, que não deixa de ser o meu xodó. Never!
¬ O gol vermelho voltou a gemer estranho. Minhanossasenhoradosautomóveis. Dá-me paciência!
¬ "Experiência é o nome que todos dão aos seus próprios erros" [Oscar Wilde].
¬ O verbo de hoje é: perdoar.
¬ Uece, por Deus! Se manifeste.
¬ Depois de perder quase dois quilos; de ficar uma semana de cama achando que o mundo é uma escrotice; que todas as pessoas são egoístas, más, etc etc etc...Que Fortaleza é uma bosta; que eu sou a pessoa mais abestada do mundo. Eu me levantei! Porque não vale a pena... não não. Mas ainda assim... Viva a passiflora. Vivaaaaa!!!
¬ Fazia tempo que eu não sentia mais o gostinho dessa angústia de ter que entregar trabalhos no prazo, de pensar tema; ler isso, ler aquilo... Até que defini. O lance será: A literatura dilatando horizontes. E eu vou me atracar ao Diderot, caso alguém tenha livrinhos do moço para me emprestar, ficarei grata.
¬ Beijo na Juju que foi pro show do Cardigans na Alemanha e disse que lembrou foi muito de mim, e que tirou mil e uma fotos, zipou num arquivo e me presenteou com a Nina e companhia na minha caixa de e-mails. Brigadinha curió.
¬ "Lá vem o pato, pato aqui, pato acolá... Lá vem o pato para ver o que é que há".
¬ Eu não sei mais jogar buraco.
¬ Planos: festa do tacacá na PF. \o/
¬ 10 - 1 = 9 + 3 = 12.
¬ Quero agradecer a "MY BEST FRIEND VIRTUAL" pelas quartas bonitas. Ganhei um novo par de olhos. Thanks!
¬ Lendo: Seis Passeios pelos bosques da ficção. De, Umberto Eco.
¬ Manhêeee, num é porque eu deletei o fotolog que tu vai parar de deixar vestígios teu no meu mundo virtual. Ande... o bloguim ta aqui.
¬ "É bom, às vezes, se perder sem ter porque, sem ter razão.
É um dom saber envaidecer, por si, saber mudar de tom.
Quero não saber de cor, também.
Para que minha vida siga adiante
" [Los Hermanos].
¬ Precisando de uma tarde no centro. Eu.
¬ Plantando carinho, colhendo amor.
¬ Vou dar meus peixes! Pois é, dia 17 viajo para São Paulo e estou dando porque os bichinhos morreriam de fome dentro da minha casa, e não porque acreditei na superstição da minha tia, quando disse que não é bom ter aquário em casa, que dá azar... O fato é que desde janeiro não consigo ler nada, não consigo escrever nada e muito menos acordar cedo, durmo pelas madrugadas, acordo pra almoçar, ando fraquíssima, não como direito, hipoglicemia... Tudo tem dado errado! O projeto para a secretaria do Acre; o estágio acolá; meus contos... minha máquina quebrou; o meu carro pede arrego... tudoaomesmotempoagora. Mas eu vou dar os peixes porque vou viajar para São Paulo. Só por isso. Eu nem acredito em superstição. Pois...
¬ "Um dia seria para sempre: e eu só tenho esse centro talvez escuro de mim, onde me agarro" [do Caio].
¬ Tô topando convites para ceveja-ja.
Já?

1.5.06

conta gotas



vontade de ir para a rua, botar a língua pra fora e sair aparando os pingos.
um, dois, três, quatro, cinco...


25.4.06


"das vantagens de ser bobo"




declaro aqui meu amor ao emule; sei que posso ser extremamente atrasada com determinadas leituras, mas só agora me deparei com um texto que baixei da lispector, e que a partir de hoje me serve de oração para todo os dias.


"- O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar no mundo.
- O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando."
- Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia.
- O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem.
- Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os vêem como simples pessoas humanas.
- O bobo ganha liberdade e sabedoria para viver.
- O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes o bobo é um Dostoievski.
- Há desvantagem, obviamente: Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era a de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro.
- Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa fé, não desconfiar, e portanto estar tranqüilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado.
- O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo nem nota que venceu.
- Aviso: não confundir bobos com burros.
- Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a frase célebre: "Até tu, Brutus?"
- Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!
- Os bobos, com suas palhaçadas, devem estar todos no céu.
- Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.
- O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos.
- Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos.
- Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham vida.
- Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.
- Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita o ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!
- Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cimas das casas.
- É quase impossível evitar o excesso de amor que um bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo".

[Clarice Lispector, 12 de setembro de 1970].

e para todo bobo: nada como um dia após o outro...


23.4.06


caos interno


quando a vida é um quebra-cabeça com peças perdidas, dá uma vontade tamanha de fugir, sem rumo.
lembro que quando meu irmão era pequeno e ia fazer suas provas, ele sempre chegava no meu ouvido e dizia baixinho: "se eu tiver reprovado e não voltar pra casa é por que eu pulei da ponte". eu achava aquilo um tanto assustador, hoje eu fico pensando que eu só queria notas baixas, reprovação em provas e não reprovações como as que ganho nesses pequenos mistérios que são os dias .
não tenho um rio a minha frente, mas um mar enorme e azul, que só me traz uma solidão maior e uma voz gritando no ouvido, "você é tudo aquilo que você faz", aí olho para trás e não vejo absolutamente nada de produtivo.
a televisão me irrita, o jornal me irrita, as pessoas me irritam, essa mania tola de só ouvir as mesmas músicas, de só comer as mesmas comidas, sempre. eu temo inovar e abuso da rotina. eu sou extremamente contraditória, eu sei...
mas é isso mesmo, eu temo conhecer pessoas novas e criar um certo carinho quando eu sei que tudo na vida é lúdico e efêmero.
e minha teimosia continua; aqui nas caixas ainda tocando músicas que eu ouvia já faz um tempo; eu continuo comendo lasanha de caixinha aos domingos, acordando tarde e lamentando ao extremo essa mesmice e os tapas na cara que essa vida estúpida me dá.
quero um emprego nem que seja pra eu ficar com a bunda quadrada de estar sentada nos ditos "inferninhos" que são as agências publicitárias. quero meu livro infantil publicado nem que seja num formato fanzine. quero viajar nem que eu fique lisa e deixe de ter dinheiro para o cinema de todo mês. quero amigos novos nem que eu os ame por demais.
quero atitudes adultas e não esse medo absurdo de não saber ainda o que eu vou ser quando crescer... se é que eu ainda posso usufruir dessa frase...

e se funcionar... a vontade agora é de rasgar o casulo e voar pra bem longe, eu e todo o meu egocentrismo.



17.4.06

sem título

espelho espelho meu, existe alguém no mundo mais responsável por mim do que eu?
______________________________...

"o seu olhar lá fora
o seu olhar no céu
o seu olhar demora
o seu olhar no meu

o seu olhar seu olhar melhora
melhora o meu

onde a brasa mora
e devora o breu
onde a chuva molha
o que se escondeu

o seu olhar seu olhar melhora
melhora o meu

o seu olhar agora
o seu olhar nasceu
o seu olhar me olha
o seu olhar é seu

o seu olhar seu olhar melhora
melhora o meu"

[arnaldo antunes]
_________________________________________________...

delicadeza é uma dádiva.

e tenho dito.

10.4.06

Momento Diarinho:
¬ O que toca aqui é: Pedro Luis e a Parede, com a musiquinha Menina Bonita.
¬ Definitivamente eu falei demais em território errado. Esperemos!
¬ O verbo hoje é: arrumar.
¬ "Ela amava o jornal inteiro que ele lia, o cachorro dele que latia, a toalha no chão do banheiro, o sapato no meio da sala, o sal de fruta, a pressa, o amigo chato, a noite besta, o dia-a-dia, mesmo quando ele estava mal-humorado, deprimido, insuportável, impossível, mesmo quando ele não estava, nem telefonava, mesmo quando ele se atrasava, não vinha, faltava, não ouvia, mesmo assim ela amava, fazer o quê? o amor é assim mesmo, dizem". [Adriana Falcão]
¬ E vamos falar de futebol, eu não costumo ver jogo mas a final de Fortaleza e Ceará eu assisti, e o locutor uma certa hora abre a boca e diz essa pérola: "goleiro é como vinho, quanto mais velho melhor". E fica aqui a minha piada interna, eu tenho que concordar com ele...
¬ 2006 me presenteou com três pessoinhas maravilhosas, logo de cara.
¬ A pós graduação em comunicação e cultura me faz chegar em casa boquiaberta.
¬ E como se não bastasse a minha insegurança quanto a "idade" do meu carro, há de se anunciar no Ceará que o Gol é um dos carros mais roubados na cidade. Arre, meu padimcícero!
¬ Eu falo palavrão, eu.
¬ "O diálogo não é mais do que uma das formas, talvez a mais elevada, da simpatia cósmica" [Octavio Paz].
¬ Missiva.
¬ Das palavras bonitas: laborioso.
¬ Um jantar romântico + um anelzito de compromisso pra acostumar o dedo + uma flor desenhada num papel maior que eu = coisa linda. Não, eu não fui pedida em noivado.
¬ Procura-se emprego!
¬ "Nosso pensar procede do passado, mas não o continua nos caminhos previstos" [Susanne Langer].
¬ Cuidado: eu tenho me tornado cada vez mais geminiana.
¬ Pessoas, na UECE ainda não fechou as inscrições para a especialização em Literatura Brasileira. Se alguém se interessar, basta ligar para 31012030 ou 31012026.
¬ Voltei a viver a base de passiflora.
¬ O Pitulico ainda é apenas um plano. Eu desisto!
¬ Eu sempre fiz o gênero: baixe a cabeça e vá chorar no cantinho da sala Luana.
¬ "A enganação da resposta: o que parece ser dito é o não dito, o não dito está, na ironia, dito" [Marcia Tiburi]
¬ Momento alcalina: dá licença que eu tenho um clone mas não é bizarro.
¬ Mais uma piada interna: Toda segunda é dia de pizza com amora.
¬ Maio chegando e eu ainda de bolso vazio.
¬ Enquanto isso, no Fantástico: O astronauta recebe um mundo de frescurite após sua chegada, e o Brasil continua do mesmo jeitinho. Já a Suzane Richthofen tá perdendo vaga de melhor atriz na rede globo. Louca, ô bicha louca!
¬ "...enquanto não morro, falo e leio" [do Pessoa]
¬ Alguém pode me dizer o que está rolando em Belíssima?
¬ Eu não assisti A Máquina. Ô abuuuso!
¬ Lonely.
¬ "O egoísmo não consiste em vivermos os nossos desejos, mas sim em exigirmos que os outros vivam da forma como nós gostaríamos. O altruísmo consiste em deixarmos todo o mundo viver do jeito que bem quiser". [Oscar Wilde].
¬ Chove muito no Ceará.
¬ "...amar o mesmo de si no outro às vezes acorrenta, mas quando os corpos se tocam as mentes conseguem voar para bem mais longe que o horizonte, que não se vê nunca daqui" [do Caio]
¬ Meu povo: Feliz Páscoa!

3.4.06

das urucubacas que rogam pra cá... o meu santo é forte. e tenho dito!

"Senhor nosso, que nos ensina a hora da morte, segura minha mão antes que ela seque, trava minha língua antes de arrancá-la abençoa o mistério da solidão que carrego entre as pálpebras, dá-me força para chorar, amém. Ave-Maria das Pedras, mãe de Caravaggio, mãe de Cipriano, dá-me o silêncio e o amor perpétuo, perdoa o quanto invejo, ensina-me a música perdida, a dar as voltas na secreta esfera, dá-me minha mãe ainda viva, preserva meus ossos, Senhora da Misericórdia, Senhora dos Prantos Redivivos, por toda a eternidade, amém. Padre-nosso, olha-me de novo, vê o quanto temo a escuridão, o quanto temo o sinal das parábolas. Oh, senhor, o quanto espero tua volta, tua insígnia e ordem. Senhor, conheço tuas ordens tristes, conheço tuas hostes sinceras, tua mão consoladora, peço-te a solidão onde esquecer meu pensamento, que a fé não me abandone e que todo o caos entre em alento, Senhor, Deus, poderoso e bom, deus da oração e da mentira, acolhe-me em teu ventre de teias ancestrais, amém. Oh, anjo, que tua claridade penetre meu pensamento, desfaça minhas ilusões, afie a espada contra meus inimigos; poderoso anjo do meu silêncio, ajuda-me a guardar meus segredos, ensina-me a verdadeira vida, a escolha dos motivos, o lugar do meu temor. Oh, anjo inconsolado permite-me ver o escuro do amanhã e que a alegria seja minha fé, permita-me saber a claridade amortecida e tecer o bom fio que conduz à morte, interceda por mim diante das deusas furiosas, amém".

[oração by marcia tiburi]

eu me ergo!

27.3.06

- ... você entendeu o que eu disse?
- Entendi!
- E vai ficar assim? Chorando...
- O que você quer que eu faça???
- Quero que diga algo, quero que você prove que compreendeu direitinho o que eu disse a você.
- É difícil compreender esse desamor depois de tanto tempo, é difícil!
- Ai meu deus!!! Quer dizer que eu vou ter que ficar mais uma hora aqui, explicando o porque disso e daquilo? Não seja burro, entenda, há determinadas rupturas que não precisam de explicação.
- Eu sei... eu só não entendo o porquê de você não ter me avisado antes que aí dentro havia um quebra cabeça e que a última peça não estava comigo. E pior... nunca esteve!
- ...

22.3.06

Momento Diarinho:

¬ Escrito com muita amargura... pois é.
¬ Vou lavar meu carro com água benta, porque eu não tenho mil reais todo mês no bolso, não mesmo.
¬ O verbo de hoje é bufar.
¬ "Que hei de fazer se de repente a manhã voltar?
Que hei de fazer?
- Dormir, talvez chorar
". [Manoel de Barros]
¬ Tão dizendo aê que Pitulico vai ressuscitar.
¬ - Luana, tu vai cortar o cabelo?
- Não não, vou só mandar "ajeitar".
¬ Eu gribada, eu.
¬ Das palavras bonitas: goteira.
¬ Bizarre: "se ela dança eu danço, se ela dança eu danço..."
¬ A Balu vai falir... e a vez agora é do Coco Bambu. Ieeeiiii!!!
¬ O que toca aqui é: a trilha do filme Amelie Poulain.
¬ Foi decretado pelo Diretor do GUIA RIO BRANCO, que nas edições impressas eu não falarei de cinema [sabido o rapaz]. Mas terei uma coluna em que irei escrever crônicas e contos direcionados aos jovens. Que cousa não?!
¬ "As meninas são minhas
Só minhas
As minhas meninas
Do meu coração
" [Chico B.]
¬ Das pragas que me mandam. Basta!
¬ Um telefonema de acolá:
- Lu, como é não fazer mais parte do orkut?
- É ótimo... Porque é mais ou menos assim, no fundo no fundo, você não precisa saber de tudo e de todos, entende?
[tchan tchan tchan tchan...]
¬ Complementando com um momento "modes": tenhamos uma vida "livre, leve e solta"
¬ Péssimo estar em casa com o carro pifado e a BONITA LÁ ligar dizendo que tá no arlindo. Ahfff...
¬ Pessoas loucas vivem destemidas do mundo. Eu temo, não o mundo, mas as pessoas loucas.
¬ "Nunca seria aceitável uma teoria ou sistema que, de algum modo, implicasse o sacrifício da experiência passional"
[Oscar Wilde]
¬ Das coisas que me fazem salivar: palmito.
¬ Há quem procure no google: "como se faz bolha de sabão". Eu juro que tem!
¬ Assedia. Engraçado como os dias chuvosos me deixam pudica.
¬ E por falar em chuva, Fortaleza alaga com muita facilidade incrível. Parece o Acre, arre égua! Aqui você cospe no chão a rua já tá alagada, eu hein.
¬ "Meu povo, melhore"
¬ Deve chegar por esses dias uma carta ali pela linha do equador.
¬ "A arte é intrinsecamente nobre; por essa razão, o artista não teme o comum" [Goethe]
¬ Das pessoas que pensam que minha vida é deveras estranha: eu au meno sou filiz.
¬ Amanhã é dia de suco de pitanga. Ui!
¬ Toda quarta-feira é fundamental que seja um dia bonito.
¬ Criei um monstro!!!
¬ Eu sou a única, a única pessoa no mundo que tem um prego de gasolina pela segunda vez e entra em pânico achando que o carro morreu pra vida toda. Mas há uma explicação para isso, há. O fato é que, meu carro pifa pelo menos duas vezes ao mês. Isso explica?
¬ "Um desânimo. Um oco. Aquela velha sensação de estar jogando fora a vida, tão antiga e familiar que nem chega a ser assustadora. É horrivelmente conhecida" [do Caio].
¬ Over.
¬ Dá um passo e recua dois, e assim sucessivamente.
¬ Eu quero guará, eu...
¬ Há quem fale do indizível...
¬ Vai chover. Tão dizendo aê...

20.3.06



sem título

desabafo: Eu nunca detestei tanto o meu cabelo!
_________________________________________...

em julho tem festa?
tem sim sinhô!!!
bodas de ametista do casal mais lindo do mundo.
quem vai, quem vai?
eu vou, eu vou!
________________________________...

"ela só me faz um cafuné
e depois me olha com vontade
sua casa é azul e verde
cercada de grandes árvores
nos segredos dela se aposta viu?
nos cabelos dela não se toca ouviu?
eles são de nuven ou bombril?
eles são ousados ou só seus?
essa boneca tem manual?

tem tem tem tem..."
______________________________________...

dia trinta e um é uma sexta-feira.
[sugestivo isso...]
_____________________________...

passou a crise de convívio.
mas ei de me tratar, ainda.
_______________________________________...

- reticências -

"e tudo isso
foi no mês que vem
foi quando eu chegar
foi na hora em que eu te vi
e mais que tudo
foi no mês que vem
foi quando eu chegar
na hora em que eu te quis"
_______________________________...

15.3.06

sem título

te conto.

um, dois, três...
_________________________________...

arroubo.

passa...
_______________________________________...

de longe eu olho...

é lúbrico.
_________________________________...

tateando silhuetas em sonhos.

acorda!
________________________________________...

soberba.

eu, tu, ele, nós, vós eles.
[temos].
_________________________________...

te guardo.

onde?

dentro de uma gaveta.


12.3.06


Me olhava com tamanha transparência, na tentativa de seduzir meus pensamentos...
Eu decifrava tudo, mas confundia todos os gestos que vinham de lá.

6.3.06

Momento Diarinho:

¬ Demorou mas eu voltei. Não que eu esteja com euforia para me tornar assídua com este blog novamente, mas consegui desviar o tempo e me saciar com uma pequena vontade de atualizar isso aqui. Bósimbora.
¬ O verbo de hoje é: enganar.
¬ "De tanto levar frechada do teu olhar. Meu peito até parece, sabe o que? Táubua de tiro ao álvaro, não tem mais onde furar" [na voz de Adoniran Barbosa]
¬ Depois de participar de um bolão do Oscar 2006, eu agora tenho certeza que não entendo nada de cinema.
¬ O que toca aqui é: The Strokes com a musiquinha, Razorblade.
¬ Lá... bem acolá rola um complô.
¬ "Eu, agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?
" [Mário Quintana]
¬ Blogs bonitos que andei achando nesse mundo virtual, depois coloco links ...
¬ Lendo: Ligia Fagundes Telles com o livro, A Estrutura da Bolha de Sabão. Caio 3D década de 80. Teoria do Conto, da Nádia Battella Gotlib.
¬ Depois de uma data, sábado pretendo sair para dançar.
¬ "O vazio é o nome espacial do nada. No corpo ele é o estômago ou a tristeza. O vazio sempre está no corpo. Sou a favor de que uma pedra seja colocada no lugar do estômago" [Marcia Tiburi]
¬ Em maio passarei uma semana de férias na tal São Paulo, e desde então tenho guardado dinheiro para gastar em sebos, já que não pude ir para a bienal do livro... E vamu que vamu. Eu e ele, ele e eu.
¬ O que leio nos olhos alheios: eu tenho me tornado a pessoa mais intolerante do mundo.
¬ Das palavras bonitas: afago.
¬ Preciso de uma máquina digital!!!
¬ Eu sei comer acarajé com classe, eu sei.
¬ "Dentro dele, eu espio o de fora de nós. E não me atrevo" [do Caio]
¬ Amanhã começa a pós-graduação de Comunicação e cultura. E eu já estou numa ansiedade sem tamanho.
¬ Minha vida agora segue mapeada numa planilha de excell.
¬ Dica de filme: Eternos Heróis, Tomates Verdes Fritos, e Valentin [só pra não perder o costume].
¬ Tio Carlito, antecipadamente, deixo aqui o meu desejo de coisas lindas e um aniversário animadíssimo. Amo.
¬ Apois é.
¬ "Como me sinto? Como se colocassem dois olhos sobre uma mesa e dissessem a mim , a mim que sou cego : isso é aquilo que vê , essa é a matéria que vê . Toco os dois olhos sobre a mesa , lisos , tépidos ainda , arrancaram há pouco, gelatinosos , mas não vejo o ver . É assim o que sinto tentando materializar na narrativa a convulsão do meu espírito , e desbocado e cruel , manchado de tintas , essas pardas escuras do não saber dizer , tento amputado conhecer o passo , cego conhecer a luz , ausente de braços tento te abraçar , Conhecimento " [Hilda Hilst]
¬ Há um fogão novo dentro da minha cozinha \o/
¬ Dos 3 peixes que disse que comprei em algum post, comunico que um deles morreu, quer dizer, suicidou-se. Sim sim, uma coisa totalmente Amelie Poulain, devia estar depressivo o bichim.
¬ Amor irracional.
¬ Das coisas DELA: "Quem tem olho gordo usa colírio diet".
¬ "O que será que me dá
Que me queima por dentro será que me dá
Que me perturba o sono será que me dá
Que todos os ardores me vem atiçar
Que todos os tremores me vem agitar
E todos os suores me vem encharcar
E todos os meus nervos estão a rogar
E todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz suplicar
O que não tem vergonha nem nunca terá
O que não tem governo nem nunca terá
" [Chico B.]
¬ Presente do indicativo: eu canso, tu cansas?