29.8.07

fazendo jus ao que chamamos de diário virtual:

Minhas amígdalas são tão amigas que decidiram unir-se, como quem se abraça sabe?
Um amor absurdamente inflamado... Mal consigo engolir minha própria saliva. Tenho tido noites de febre, muitas drogas e também muito dengo. Espero que essa amizade ridícula não dure por muito tempo, tenho "cousas" a fazer...
Pelo menos ganhei meu primeiro termômetro, ainda com o sermão de que "quem mora só não pode ficar sem termômetro em casa".
Aproveito para agradecer as pessoinhas que ligam de hora em hora pra saber se as bichinhas já decidiram morar cada uma no seu devido lugar.
Di, Jambo, Dri, Fon Fon, Milena, Gê e Mamis... Toda vez que o telefone toca ou só apita, parece que o dengo passa pelos buraquinhos ou pelo visor e me traz um punhado de cura. Eu gosta, eu.
Brigadinha! Estou melhorando em passos lentos, mas isso é o que importa.

--

fim da era abissal! au meno pra mim \o/

Já dizia o tal astrólogo: “viverás intensamente teu inferno astral”.
Eu só não sabia que seria tão doído assim. Não sei se vocês sabem, mas na astrologia, o ano novo começa exatamente no dia do seu aniversário, quando o sol vem praticamente para clarear tudo em volta [ou não]. E o meu ano novo começa segunda-feira, já até consigo sentir um cheiro de felicidade, algumas coisas ganham cores e até significados.
Eu sempre achei péssimo quando meu aniversário caía numa segunda-feira, mas dessa vez parece que veio como quem diz: vai Luana... começa a semana, o mês, o ano de um jeito bonito, porque tá tudo traçado! Setembro começa com Virgem na casa 4, com Sol, Mercúrio e Saturno [não se deixa levar por Saturno Luana]; brinda o silêncio. Mantenha o foco e seus segredos... Não esquece do Walter Benjamin, aquele que você tanto leu... segredos deixam de ser segredos quando contados à outra pessoa, seja benjaminiana Luana. Guarde-os, guarde-os!
Vai e não olha para trás... a menos que seja para dizer:
“Meu querido dois mil e sete, obrigada pela maturidade e qualidades que me destes, mas a hora agora é de você partir! Volte meu bem, volte para o canto de onde viestes e seja infeliz você sozinho, no calor do seu inferno, porque é tempo de felicidade anunciada! Tá posto!”
Uma leve certeza de que Setembro vai vir também permitindo alguns palavreados do tipo: "caralho dois mil e sete! se manda, se manda e vá tomar bem no olho do seu... inferno!"

Perdon pelo palavreado! Mas tenham cuidado meu povo, porque Jano nem sempre é amigo!
e tenho dito!

--

ela olhou para ele e disse:

- ... Eu sou volúvel meu bem!
- É mesmo?
- Sou!
- Que pena! Porque eu tenho labirintite. Tchau!


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psiu!

o silêncio protege.

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dica de filme:

Primo Basílio.
PS – Glória Pires minha querida... você as vezes me surpreende!

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tsc tsc tsc...

A mulher que é fracassada... Deus tem pena e num simples olhar dá a ela um amor.
A mulher que é fracassada... Coitada! num simples piscar perde um amor.

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regra

Meu pooooovooo, senso comum é para os mais pobres de pensamento.
Mas, toda regra tem sua exceção! Fazer o quê?

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ele partiu dizendo:

- De longe, vou continuar te amando Gabriela, de um jeito tácito, mas te amando.
- De quê adianta Antônio? Se eu gosto de amor mas não somente em burburinhos...


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aspas

Everything you want to give me
It too much
It's heavy
There is no peace

All you want from me
Isn't real
Expectations


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destinatário sem nome

Se eu tivesse o endereço eu mandava Lírios da Paz.
Àquela menina que não sabe o que faz.

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Ah Guimarães, seu mundo era todo Rosa!

"Cada hora, de cada dia, a gente aprende uma qualidade nova de medo!"


Meus queridos, felicidade tem textura!

adoro essa música! dá o play

23.8.07


A metáfora do Resta Um.
O resta-um é um jogo solitário cujo objetivo é, no final, conseguir deixar apenas uma peça sobre um tabuleiro que comportavam inicialmente várias. Há regras que permitem a qualquer peça no tabuleiro “eliminar” uma de sua “vizinha imediata” (uma peça que está numa posição adjacente horizontalmente ou verticalmente), pulando em cima desta. A posição alcançada é a posição vizinha da peça eliminada que se situa no oposto da posição de partida. Chamamos essa posição de destino de “vizinha não imediata” da posição de origem, por oposição à “vizinha imediata” de onde vai ser retirada a peça eliminada. A peça sendo retirada, o número de peças sobrando no tabuleiro diminui, e assim por diante até não poder mais jogar. É possível eliminar as peças uma por uma até sobrar uma só se jogar com táctica.

Enfim... não sei se é comum ou se somente eu uso por demais desse artifício, mas quando deito naquele divã, adoro uma bela de uma metáfora pra tentar entender o que se passa por dentro, por fora, na minha cabeça, na cabeça alheia... e até que tenho me saído muito bem com minhas possíveis conclusões metafóricas.
Acho até que nesse mundo, terapia era pra ser um negócio extremamente acessível a todas as pessoas. Acho quem em todo pré-natal deveria ter uma orientação aos pais, pra eles entenderem que a cabeça do guri que vai nascer num tem nada a ver com a cabeça deles e se tiver alguma semelhança é mera coincidência; coisa de educação dos grupos primários, a gente sempre carrega um pouquinho.
Terapia era pra ter não somente no pré-natal, mas em escolas, na igrejas e qualquer outra religião ou doutrina, no trabalho, nas grandes empresas; pra quando a gente botar o pé fora de casa saber onde tá pisando, pra se olhar no espelho e tagarelar um belo de um solilóquios que lhe renda alguma compreensão do que de fato somos.
Hoje me fiz tabuleiro ou pelo menos imaginei que há pessoas no mundo que encaram a realidade como algo lúdico e olham a gente como um grande tabuleiro.
Me fiz tabuleiro de joguinho resta um. E ainda modifiquei as regras, aqui é possível jogar de dois. Tu joga, eu jogo, tu joga, eu jogo...
Depois me fiz peça! Pula um e me tira. Me transformo noutra. Pulo um e te tiro. Se transformas noutra. Pula um e me tira... até que não haja mais estratégias nenhuma e no tabuleiro só reste apenas um.
E nessa de sumir e se fazer de novo; como quem se exauriu e depois se ergue novamente... há de ficar somente um. O “se” ou o “me”, não importa. Resta um!
Mas nessa brincadeira toda, o que eu realmente acho é que, na hora de compreender determinadas coisas é prazeroso demais utilizar uma bela de uma metáfora, principalmente no divã, já me fiz triturador, agora tabuleiro e consequentemente peça.
O fato é que: Somos reais! Palpáveis e aqui dentro tudo é sensitivo.
E é bom que àqueles que não deitam num divã ou sequer param a cabecinha dentro de casa - pra entender o dentro de si e o dentro alheio -, percebam que metáforas são sempre bem vindas, mas é preciso conceber que “gente” é como uma linha tênue para qualquer extremo.
É preciso parar de agir como se viver fosse um jogo! Talvez uma armadilha, mas não um jogo. A gente só cai se tiver de olhos fechados.

É preciso não esquecer que hora ou outra, vai ter sempre alguém cansado de brincar!

Porque “gente” por mais tênue que seja, “gente” se expande, “gente” cresce!

A gente sempre cresce...

dá o play minha "gente"

20.8.07

Me olhou e disse:

Moça bonita da pele branca.
Quero casar contigo e já te trago a aliança.
Contratei o padre e chamei toda a vizinhança.
É tempo de Netuno.
E colecionar boas lembranças.

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saga de Teresa

Chegou ao fim!
Teresa foi embora e deixou um bilhete num papel pautado escrito assim:
Amiga, estou partindo mesmo que de coração partido. Não há mais espaço para mim nessa cidade, cansei dessa gente que mal sabe de mim.
Vou prestar vestibular, trabalhar no shopping e alugar um quartinho.
Estou levando aquela TV dez polegadas pra assistir a novela das sete.
Decidi que agora só vou gostar de quem gosta de mim!
Cansei de ser tratada como adolescente ovelha negra; cansei do pagode e essa ruma de cerveja.
Vou para o interior mas vou viver feliz.
Lá não terá mais ninguém pra repetir:

Teresa, não brinca Teresa!

E se tiver, no fundo no fundo, saberei que é do bem a pessoa que diz.


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putaria

Vem meu bem, a gente passeia no meu quintal.
Subiremos no pé de limão.
Te mostrarei o azedume.
E me mostrarás o que é bão!

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diálogo cabível somente para o bom entendedor

- José, vou borrifar tuas cantadas, porque aprendi a dizer não!
- Vai o quê mulher?

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uma gota e nada mais

Nasceu pra ser infeliz, a pobre coitada.
Quando batizada, o padre clamou em voz alta:
- Seja protegida minha filha, pela água benta de nosso senhor Jesus Cristo!
E em todas as tentativas de respingados d’água, a menina se remexia toda, num alarido de incomodar o juízo.
A mãe batia fotos, ria do chororô da filha, só queria saber de congelar a imagem para quando crescesse, mostrar pra garota o escândalo dado no dia do batismo.
E esqueceu da água benta! Todos esqueceram da água benta...
Até o bendito do padre, cansado e com a batina suada, fingiu ter caído uma gotícula da água no rosto da menina, queria livrar-se dos serviços o qual é pago, sem qualquer esmero.
A família toda ali, vestidos de branco, achando lindo o chororô.
E se convenceram de que uma gota serviria.
Esquecendo que tanto futrico para uma simples foto, lhes renderiam um belo de um fustigado.
A menina hoje em dia é daquelas que nasceu pra ser infeliz a pobre coitada.
Confunde amor com rumor.
E vive de deletérios encarnados.
Quase como coisa de pele, num sabe?

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como é que chama o nome disso?

saudade é birra!

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soletrar feito matra

Meu povo, melhore!!!

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Meus queridos, felicidade tem cheiro!

dá o play

17.8.07


O silêncio das laranjeiras

A cada encontro que fazíamos, era como se fosse o primeiro; tudo revirava por dentro, o coração palpitava numa taquicardia quase infinita, faltava-me o ar.
Sentia uns embrulhos, como se meus pensamentos morassem no estômago e ali, vivessem numa briga quase constante.
Segurei na mão dela, temendo que percebesse o quão fria estaria a minha.
Caminhamos cabisbaixos, como se catalogássemos os nossos passos.
Um silêncio quase barulhento.
Sentamos debaixo da laranjeira onde tudo começou, onde trocamos os mais bonitos sorrisos; ali tinha uma sombra gostosa, um vento frio fazendo confundir o gelado da minha mão com o gelado de fora... me deixando um pouco mais tranqüilo.
Sentados e ainda de mãos dadas, ficamos remexendo nas folhagens secas, respirávamos o cheiro gostoso da laranjeira; de um jeito tão intenso que dava pra ter certeza que dali só havia de sair sumo doce.
E numa vergonha já um pouco destemida, nos olhamos.
Havia tanta estranheza naquele olhar, diferente do olhar que nos outros encontros serenara tanto amor. Tinham mudado.
E por desvelo, pedi que continuasse em silêncio e que não soltasse a minha mão, até que os rodopios no meu estômago e o meu coração aceitassem que aquela seria a última vez.

dá o play

16.8.07

bebida que dá um barato

Num como americano: duas pedras de gelo + uma colher de sopa de coca-cola + cerveja.

rá!

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Me olhou nos olhos e disse:

- Quero me mudar pro teu interior!
Sorri de lado, abri a porta...
Mas ninguém entrou.

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felicidade anunciada

e recebeu um bilhete rabiscado:
vou te levar no meu barco,
remarei pelo mar dos extremos.
lá seremos felizes,
morreremos desse doce veneno.

--

esquisitices

Como pode mulher esquisita.
Carregar neste corpo
Alma tão destemida?

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micro-conto
d.C.


- Receba o corpo de Cristo.
- Amém!


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Preteriar?

Tão fria a pedra bruta.
Joguei no lago aquela aridez.
Coberta na manta.
Uma de cada vez.
Parecia pedra rompida
Inacabada.
Tão bruta e fria.
Que no mundo das pedras.
Deveria ficar calada.

--

saga de Teresa:

- Que foi Teresa?
- Nada... só uma gripe de lascar!
- Vixe... andou pegando sereno de noite foi?
- Não! Beijei quatro numa noite, gripei e ainda por cima dormi só.

- Teresa Teresa, não brinca Teresa!


--

Meus queridos, felicidade tem cor!

ainda em ritmo de festa anos 80: [será que alguém, por acaso achou o juízo de uma pessoa de um metro e meio jogado pelo amicis bar? caso encontre, favor avisar!] dá o play negrada!

13.8.07

Heidegger meu filho, você não teve infância não?

Né querendo agravar não, mas eu caí no abismo quase infinito da “finitude” de Heidegger e única coisa que eu posso dizer é:
Minhanossosenhora da filosofiadialéticametafísicamelancólica dessepovodoido.

Naaaaaaaaaaaammm... Ôp.taria!

--

saga de Teresa

- Teresa, eu disse que tu ia se apaixonar!
- ...
- Agora você me vem com esse chororô?
- Não fala assim...Me ajuda, por favor!
- Não tenho como te ajudar Teresa! Só quem pode solucionar algo é você!
- Como?
- Não sei! Mas eu te avisei que ele não valia nem um palito de um picolé pardal.
- Foi... Mas ele vai ver quem é o melhor palito nessa história!
- Teresa, não é na mesma moeda que se paga, vai agir feito ele? Cair na putaria?
- Vou! Nem que olhem para mim um dia e digam: essa aí num vale nem um palito de pirulito caramelo.

- Teresa Teresa, não brinca Teresa!


--

quando o tempo não é amigo.

As mensagens chegam em branco.
Num branco cor da saudade.

--

romantismo.

- Você é minha estrada!
- riririririririri...
- Aonde irei caminhar até o infinito.
- riririririririri...
- Vou colorir os teus ladrilhos.
- E eu vou ser teu caminhão e vou carregar em mim a frase: teu beijo é minha gasolina. Te amo meu nego!
- ririririririri...

--

.laços sanguíneos.

Fazia um longo tempo que não nos víamos.
Corremos uma ao encontro da outra, como nos filmes hollywoodianos.
E num abraço casto, cheio de calor e ansiedade, ficamos paradas por um bom tempo, e esse mesmo tempo podia se perder no calendário que ali tudo em volta era de puro esquecimento.
Me sorriu bonito.
Contou das coisas de lá, daquele longe corrosivo em mim. Que me tomas, que me tomas.
Do coração escorpiano cheio de posse, há tantos furos de flecha nele. Vejo em seus olhos, que brilham num lacrimejar quase oprimido.
Perguntei se havia recebido minhas curas em forma de beijos?
Me sorriu bonito de novo, como quem responde positivamente.
Saímos de mãos dadas, num ato de puro amor.
Trocamos mimos, eu, os que a deixa mais bonita.
Ela os que me confina e me alegra.
...

Hoje liguei para ela, cedo, bem cedo.
Pra falar do nosso encontro.
E dizer que tinha tido um sonho lindo!

Mais uma vez, ela me sorriu bonito.
Quase consigo ver...

--
rrrrrrrr.

E me abriu a porta num jeito arisco!
De súbito eu lhe disse:
- Não faça assim Carlos!
Aqui dentro está calmo!


--

ella

saudade, já!

--

Meus queridos, felicidade tem destino!

letra bonita. dá o play

9.8.07

.domingo.

O Padre, depois de orientar o garoto com um sermão confidencial dito no confessionário, perguntou:
- Já vai meu filho?
- Vou padre! E obrigada pelos conselhos!
- Use-os!
- Vou tentar!
- E você vai a pé?
- Vou!
- Vá com fé meu filho! Vá com fé!


--

saga de Teresa:

- Que cara é essa Teresa?
- Como assim que cara é essa? Culpa sua!
- Minha?
- É!
- O quê foi que eu fiz?
- Mandou eu tomar tento!
- E daí?
- Ô troço amaaaaaaaaaargo!

- Teresa Teresa, não brinca Teresa!


--

dicionário metafórico.

- Você já viu de pertinho uma borboleta voar?
- Já!
- Aquilo é que é leveza, meu bem!

--

Fechei os olhos, peguei todas as pedras que estavam em volta, botei assim, uma do ladinho da outra.
Cobri quatro com uma manta branca.
E ainda de olhos fechados vesti três com numa manta rosa.
Depois cobri duas com uma manta azul.
E por final, cobri uma com uma renda bege.

Ao abrir os olhos, me deparei com a pedra mais bruta coberta por todas as cores.

Há de ficar bonita!
Ou pelo menos sempre que eu fechar os olhos...

--

... é doida! De jogar pedra na Lua.

--

.embriaguez.

E se tivesse no mundo, chá de “apaziguaria”.
Eu até pagaria uma rodada pra galera!
Ou duas quem sabe...

E tenho dito!

--

Meus queridos, felicidade tem nome!

para a sexta-feira, dá um play dançante

7.8.07

segredo para viciados em saco bolha.

Depois de estourar todas as bolhinhas, não chore! Ainda resta uma solução infalível, que fará seu vício se perpetuar por mais um tempinho ou pelo menos até que você consiga adquirir um novo saco bolha.
Basta esticar o saco e sacudir no ar repetidas vezes, espera um tempinho e logo verás que uma grande parte das bolhas ficaram cheias de ar novamente, possibilitando novas onomatopéias de ploc ploc ploc...

--

amar, verbo intransitivo.
Não se conjuga!

--

.semente.

Enrolei meus fardos num pano branco.
Cavei um buraco fundo, bem fundo, capaz de ecoar até o barulho sutil da minha respiração.
Depois de ver a dimensão, num grito único que pareciam vários.
Joguei no buraco os meus fardos.
Tapei com a mesma terra retirada dali.
Cheirosa e úmida.
Depois reguei por alguns minutos, num ato quase de contemplação.
Na expectativa de semear alguma flor.
Mas disseram-me certa vez que de fardos só nasce dor.
E se uma rosa desabrochar.
É porque o fardo virou amor.

--

Ela olhou pra ele e disse:
- Quero cruzar tuas esquinas!
Ele lhe respondeu:
- Quero me perder no teu deserto!

--

Arrêt là menina?

Soltaram o freio de mão!
Só sei que, vou canalizar a energia de Saturno para outros extremos.
Júpiter me fará mais firme.
Netuno não será ilusão.
Sol em leão.
Cinco planetas na casa de libra.
Energia agressiva de áries na casa nove...
Projetando, projetando.
Produção de todo bom virginiano bem na virada do dois ponto cinco.
E eu só posso dizer é que dessa vez ninguém mais me segura!

“Vou me embora vou me embora
vou buscar a sorte
caminhos que me levam
não tem Sul nem Norte
mas meu andar é firme
meu anseio é forte
ou eu encanto a vida
ou desencanto a morte...
[...]
Eu não espero o dia
pouco me importa
se o velho é sábio
se a menina é louca
se a tristeza é muita
se a egria é pouca
se José é fraco
ou se João é forte
eu quero a todo custo
encontrar a sorte.

Vou me embora vou me embora
e levo na partida
resolução no peito
firme e definida
quem vem na minha ida
ouve a minha voz
e cada um por si
e Deus por todos nós...”
[Paulo Diniz]


--

Palavras tolhidas
São palavras vomitadas.

--

Ainda não são nem dez da noite.
E já me bate um sono absurdo, mas sei que vou me deitar na cama de quase dois metros, vou abrir aquele livro envelhecido, vou pedir em pensamentos por saúde e paz para todos e vou bolar naquela cama por aproximadamente uma hora até que me canse pensar; até que me canse mapear o dia de amanhã.
As noites aqui têm sido de ventos fortes e frios, é o Setembro chegando. Faz um barulho meio assustador nas janelas.
Tenho tomado banho de água quente todos os dias [banho de água quente vicia] e não faz bem para o cabelo.
E estou aqui escrevendo escrevendo... e quando vejo que a besteira é muita, só me faz achar que é sono! Ou fome! Ou algo novo. O novo assusta!
Me lembrei agora do meu jantar de ontem, no meio daquela pracinha bonita e animada, comemos o famoso pratinho, saímos de lá felizes com cheiro do espetinho que estava sendo assado logo ao lado. Falávamos de projetos, literatura, da entrevista que demos à Tv O Povo. Ainda gosto muito de falar do livro amarelo, da semana, das meninas...

Ainda não são nem dez da noite e já estou com fome novamente.
Devorei a pouco uma tigela cheia de sopa e uma barrinha TRIO de brigadeiro [meu mais novo vício] como sobremesa.
E essa coisa recorrente só me leva a crer que eu devo clicar no "publicar postagem" e ir dormir!
Ou pelo menos deitar e bolar por uma horinha até que me canse... até que me canse...

e que os astros digam: amém!

dá o play

5.8.07

.meta.

Toda busca existe entre a realidade e o medo.

--

Olhei para trás, as coisas derrubadas, o poema engasgado, os pós jogados ao chão, e pensei em como recuperar meu tempo perdido? E se eu pudesse girar os ponteiros do relógio e num piscar de olhos, fingir?
Fechei os olhos e me fiz onda, daquelas gigantescas e a avassaladoras.
Me fiz salgada, dessa vez não de lágrimas.
E me joguei.
Bonita, bonita.

Me esparramei no tempo, não de ontem, nem mesmo de hoje.
Num tempo de amanhã, rápido e discreto, como olhar para o mar e ver que cada onda se ajoelha ao vento, feito saudação.
E cada saudação se faz no tempo, num gesto gritante dizendo que cada tempo nunca é igual.

--

.saga de Teresa.

- Eu avisei pra tu não te meter no meio dessa gente.
- Avisou, mas eu não dei ouvidos!
- Teresa, presta atenção Teresa, ali é campo minado, você vai acabar se machucando.
- Humpf...
- Teresa me escuta, sou tua amiga!
- Eu sei o que estou fazendo!
- Sabe nada Teresa, você não sabe nada, fez vinte anos tem 3 dias e quer bancar a sabe tudo...?
- Não fala assim comigo!
- Teresa toma tento!
- Tomo nada, a menos que tenha álcool!

- Teresa Teresa, não brinca Teresa!


--

.do moço guru da minha racionalidade .

"Porém, igual a um homem que caminha solitário e na absoluta escuridão, decidi ir tão lentamente e usar de tanta ponderação em todas as coisas, que, mesmo se avançasse muito pouco, ao menos evitaria cair"

[Descartes]

--

DIZ QUE ME AMA PORRA!


dá o play

2.8.07


.tritura.dor.

Dia desses eu achava que minha terapia estava sendo em vão.
Preferia mil vezes ir para o reiki, ficar deitada desbloqueando meus chakras, vendo gestalts violetas, azuis... Ou para acupuntura, ficar agulhas com enfiadas no corpo todo, dando aquela sensação de que você está sintonizada ao universo inteiro, como se ali fossem anteninhas ligando você às energias do mundo.

Mas aí com o passar do tempo eu percebi o “Q” da questão.
O grande lance da terapia é você chegar lá, pegar aquele emaranhado de gente que você carrega quando sai de casa, e fingir que aquela sala, aquela poltrona bege é um enorme triturador de carne, você joga todo mundo ali dentro, como se todos fossem um; mas antes você separa de um lado os com sentimentos bons, e do outro os com sentimentos ruins, do lado dos com sentimentos bons você coloca também os calmos, e ao lado dos com sentimentos ruins você coloca os doidos de pedra; junto com os calmos acrescenta os que entendem a essência do viver; e com os que acham que a vida é uma festinha e uma noite de muito entorpecentes que dão um barato, aglomera junto com os doidos de pedra.
Depois de dividir os grupos, você joga o primeiro grupo no triturador, o grupo do bem. Vai moendo moendo...
Não esquece.
São carnes!
Mói, mói...
Depois de moer, separa o prato, e num outro, mói o outro grupo, os que eu chamaria de grupo do mal. Feito coisa e criança quando diz "fulaninho é do bem, sicraninho é do mal". Porque quando a gente cresce tem de manter algumas coisas, por pura prevenção.
Ao finalizar a trituração de tanta gente, você pega os dois pratos, coloca um perto do outro e faz uma certa análise, pode até sentar e botar a mão no queixo, sem pressa, não estraga. Um dos dois pode ter virado uma bela pasta, que basta comprar trigo ela fica digna de um delicioso quibe cru, chique feito comida árabe, pra ser servida com limão, cebola, nada ali há de azedar o paladar.
E o outro prato fica só naquela pasta avermelhada e ensangüentada.
E que se não for para um quibe gostoso, não serve para quase nada, pelo menos pra mim, que ao contrário da Macabéa...
Eu detesto cheiro de carne!

Mas tudo é uma questão de ponto de vista ou paladar...
Há quem goste do cru da carne!


--

Ahora, yo estudio español.

rá!

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Comprei um pé de arruda, para substituir o outro que faleceu devido a overdose de energia torta que andou entrando por aqui.
E se for o caso, vou passar a temperar a comida com umas folhinhas da mesma, como se fosse manjericão.

E tenho dito!

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arrêt là menina.

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saga de Teresa.

- Teresa, pelo amor de Deus, vai devagar mulher, assim tu vai ficar falada.
- Vou nada!
- Vai sim!
- Que nada, segundo a filósofa contemporânea Penélope da MTV, “a fila anda...”

- Teresa Teresa não brinca Teresa!


--

Oh meu Santo Agostinho!
Vídeo, sed non invideo.

dá o play negrada!