5.7.06


Apesar de.

Tinha um sol já bonito quando o ponteiro do relógio marcava sete da manhã.
E eu tenho duas semanas para acordar bem cedo e ouvir uma velhinha fofa explicar toda a função da literatura. Ela é tudo que eu quero ser quando crescer! Uma senhora faceira e sabida, que hoje me fez acreditar mais na minha especialização em Literatura Brasileira, me fez acordar mais disposta
Já a pós de comunicação e cultura... bem, melhor calar.
Pois... me expondo mais um pouco...
O que era dia nove, agora é dia dezesseis. Viajo somente dia dezesseis, vou carregar no peito as sempre dez pessoinhas com sobrenome saudade; vou cheia de tudo, cheíssima!
Como diz minha BEBEIM, eu tô valendo 2000 reais no "mercado branco". É isso aí! E mais uma vez, viva o tacacá, vivaaaaaa!!!
Bem... lá eu dormirei tarde e acordarei cedo; pelo menos uma vez na semana tomarei um café da manhã no mercado, com o velho mingau de banana e farinha de tapioca, bolo de macaxeira e "pão de milho". Matarei a saudade dele que canta Adoniran Barbosa para o mundo todo ouvir. Vou segredar com ela que é além de mãe a minha melhor amiga virtual. Vou jogar baralho com aquela que é um pocinho de delicadeza. Jantar picanha com a morena mais linda. Tomar sorvete com o oposto de mim. Vou buscar um sorriso num rio que não é branco... Um sorriso no meu Rio Branco.
Dos 15 livros novos que tenho e que ainda não li, levarei apenas Caio e Virgínia Woolf, não sei ainda se é a melhor escolha para vinte e poucos dias em que se quer descansar a cabeça e o peito; mas até então são os únicos já na mala.
O pacto com Agosto permanece; e sexta-feira já inicio a minha paquera com o segundo semestre. Espero que eu seja correspondida dessa vez.
Ando costurando planos em panos de cetim. Comprei envelopes para escrever cartas. Tenho mapeado uma mega festa pra matar a saudade daquela que vai para o interior e é recebida nada mais nada menos com um belo arco-íris. Já disse que isso é coisa divina, e não passa de um belo sinal.
Decidi não insistir mais no tempo alheio.
Ando catando dias bonitos ao lado daqueles que não preenchem todos os dedos das minhas mãos, mas preenchem o que vez ou outra parece um vazio em mim.
Prometi fechar os olhos para a multidão aglomerada que cataloga os meus passos.
E isso, e aquilo, e aquilo outro...


Eu ainda não comprei o girassol, mas já o vejo no meio daquela mesa preta de centro.




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