5.1.07

"Vamos começar
Colocando um ponto final
Pelo menos já é um sinal
De que tudo na vida tem fim
Vamos acordar
Hoje tem um sol diferente no céu
Gargalhando no seu carrossel
Gritando nada é tão triste assim
É tudo novo de novo
Vamos nos jogar onde já caímos
Tudo novo de novo
Vamos mergulhar do alto onde subimos
Vamos celebrar
Nossa própria maneira de ser
Essa luz que acabou de nascer
Quando aquela de trás apagou
E vamos terminar
Inventando uma nova canção
Nem que seja uma outra versão
Pra tentar entender que acabou
Mas é tudo novo de novo
Vamos nos jogar onde já caímos
Tudo novo de novo
Vamos mergulhar do alto onde subimos"
[Moska]

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A minissérie "Amazônia de Galvez a Chico Mendes" tem arrancado uma emoção quase que indizível em mim. Glória fez jus a identidade e produziu um trabalho lindo, desde a abertura até a fidelidade com a história acreana. As cenas que mais me arrancam emoção são as que se passam de fato no Acre, nos seringais, visto que meu bisavô (Francisco Martins da Silveira "Coronel Chico Martins") foi dono de um seringal chamado Nova Olinda, local em que meu avô (José Tristão Cavalcanti Neto) trabalhou assim como muitos cearenses que saíram da cidade atrás de ganhar dinheiro com o tão conhecido "ouro branco". Foi nesse seringal que meu avô conheceu minha avó, e lá ficaram amigos, namoraram, se casaram e tiveram o primeiro filho... Em 1953 meu avô muda-se para Rio Branco; três anos depois ingressa na carreira de policial e assume o cargo de delegado de polícia... após anos de profissão, o assassinato de Chico Mendes vem com muita decepção e tristeza, mas é um fato importantíssimo na vida do meu avô, que hoje tem um reconhecimento enorme pelo trabalho que fez durante delegado de polícia do estado do Acre e por ter prendido Darli e Darci, assassinos de Chico Mendes.
Cada cena da minissérie remete um pedacinho da minha infância... quando aparece Galvez, Plácido de Castro... lembro que quando eu era pequena ia na praça do centro e via aquela estátua do tal Plácido de Castro segurando uma espada na mão direita. As cenas dos seringueiros... as casas são exatamente como vovó contava para mim e meus irmãos...
A seringa, lembro quando meu irmão e uns amigos descobriram que na pracinha onde brincávamos todo santo dia havia um pé de seringueira, desde então a gente só fazia tirar seringa e fazer bolinhas de borracha que pulavam mais que mola...
As castanhas, bichos, o rio que mais parece caramelo derretido... Tudo tudo tem sido lindo e gostoso de apreciar, mesmo que na tela da televisão.

[saudade é um negocinho assim]


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