19.11.07

Debruçou-se na janela.
Havia flores ao lado; violetas, lírios e arrudas.
O cheiro de café que vinha da cozinha do vizinho entrava intruso, casa adentro, por debaixo da porta, pelas janelas abertas e buracos de fechaduras...
Lá fora, tudo parecia mais calmo que ontem.
E tudo haveria de ser muito mais calmo amanhã.
Acendeu um cigarro, tragou, soprou como quem despeja num sopro, um certo alívio...
A fumaça misturou-se com o cheiro do café forte solto no ar.

E a partir daquele instante, tinha certeza de que os dias nasceriam de tonalidades brancas.

Feito calmaria
...quando o tempo é amigo e sincero


dá o play

Nenhum comentário: