12.11.07

verde

Há paisagens que residem em mim.
De um verde tão verde que chega a doer.
Tão límpido é o céu e o silêncio do teu olhar.
Montanhas longínquas,
Lagos vastos e cheios do meu lacrimejar;
Que encham os lagos de felicidade.
Mergulharia com tudo, num pulo bem alto e corpo inclinado;
Iria bem fundo, no fundo mais fundo
Onde guardo o segredo dos meus desejos.
Dou-te uns deles.
Dá-me os teus
Cruzemos os nossos.
De olhos fechados,
O som do silêncio,
O barulho do peito,
O vento sem jeito.
Busco no tempo um caminho
A esperança solta no espaço.
Na janela do ônibus,
Me fixo na tua imagem.
Um sorriso.
Os sorrisos
E a certeza de tudo que há.
Segue o ônibus
Que rasga veloz
O vento na estrada que corta aquele lugar.
És tu, és tu todo o verbo amar.
Busquemos os sonhos.
Deixemos o lúgubre dos nossos medos.
Faremos do tempo, o gerúndio dos nossos desejos.

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