26.11.07

Foi tão bom, que parecia um sonho.
Ou era de sonho aqueles gestos espontâneos,
Quase inventados no meio do novo.

Já não temo o novo.
Tem asas grandes e cintilantes,
Corta o vento, desvia das árvores,
Se esconde da chuva, se joga no tempo.

O silêncio era balbucio no entre de nós,
Silhuetas em curvas.
Pensamento fugaz que se faz no momento
Entrelaços e timbre da voz.

Deslizantes no movimentar.
Confiantes no palpitar
E em tudo que estava escrito,
No verde claro do teu olhar.

E de asas grandes e cintilantes,
Cortando o vento, desviando das árvores,
Se escondendo da chuva, se jogando no tempo.

Caímos no abismo do entre de nós.
No frio na barriga dessa queda em infinito,
No salgado em corpos molhados,
Das carícias tomadas em delicadezas.
Asas de outros cantos, de outros céus,
Outros portos e horizontes,
Passeiam agora, sem medo do tempo,
Do novo,
Dos ventos.

E se instalam arrojadas,
Bem no meio do estômago.

Feito borboletas.

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