26.3.07

.outono.

Caminhava entre folhas secas caídas naquela grama já sem brilho.
Era agora um Ipê marrom pouco esverdeado, parado, cansado, murcho.
Sentou-se ali mesmo, escorou-se no tronco, cutucava as unhas com uma certa angustia e rapidez.
Algumas pessoas caminhavam, crianças corriam, bola, sorrisos e um vento discreto trazia um cheiro bem longe de alguma flor que sobreviveu àquele outono.
Uma tarde em que tudo em volta era bonito, as pessoas, o Ipê sem folhas e até mesmo o vento que não se vê; ninguém ali sabia dela, além dela, mas quem via, notava que como as folhas tudo nela havia virado farelo.
E mesmo assim, os olhos dela cismavam em dizer: eu prefiro tudo aquilo que me falha!

Pensamento Aristotélico:
Quanto mais virtude eu tiver, mais me aproximo da essência.

Quantitativa:
Morre um
e outro
e outro
e outros...
e a maior preocupação agora é que o Romário faça seu milésimo gol.
Oh meu Brasil!

[Richard Serra]
"Há no peso, uma vastidão imponderável"

Pensamento positivo:
Lá, vai ser um cantinho lilás todo meu!

Coelhinho da páscoa, que trazes pra mim. Um ovo, dois ovos, três ovos assim.
Ei, psiu...
o que eu quero é
um Noblesse
ou
um Sonho de Valsinha.
Pode ser?

Viagem:
"Volto, quem sabe, um dia.
Porque os trilhos já tiraram do chão.
Olho as tardes, vivo a vida.
Nada é em vão
".
[Vanessa da Mata]

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