9.5.07

.confessionário.

Desagua em mim tuas amarguras,
Que eu te moldo de novo
Com texturas e cores fortes
E silêncio cauteloso.
...
Nas horas das tardes infinitas,
Crio um conto e te conto bem baixinho
Os segredos do meu conto,
Que é quase um canto
E claras confissões.
...
Dá-me um espaço no teu peito.
Uma fotografia desse sorriso brando.
...
Levo minha mala pequena
E meus desejos mundanos.
Mudarei-me pro teu interior,
Pra caminhar nos labirintos desse peito destemido
Que não sabe o que é dor.
...
A felicidade é um sopro.
Que passa.
Passa.
E quando passa...
É felicidade dissipada.
...
Dá-me um espaço no teu peito.
Para a alegria genuína
E uma outra fotografia,
Agora,
Dos nossos sorrisos brandos.
...
Assopro no teu ouvido,
Meu conto,
Meu canto
Minhas claras confissões.
...
Assopro essa felicidade branca.
Seguida de descompassos.
...
Mas primeiro,
Dá-me um espaço no teu peito.
Que aqui é amor e não desengano,
...
Servirá,
Para podar teu labirinto espinhoso.
Eu levarei minha mala e te mostrarei outros prantos
Escondidos nos cantos dos nossos sorrisos brandos.
Que viram contos, cantos e claras confissões.
Agora,
Nossas.


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