23.7.07













.chove.

Um céu que lacrimeja calmo.
Acanhado num azul meio acinzentado.
Por debaixo da porta entram os cheiros.
Um cheiro.
Poeira que sobe.

Um tempo de desejo,
Que caia mas não molhe.
Vidro que fica opaco.

Chora...
Chora que tuas lágrimas levam as minhas.
Banham os ladrinhos avermelhados
Esfriam o asfalto quente
O meu peito descrente.

Passeiam pelos córregos sujos,
E coração vazio.
Levam os pesos.
Os besos.
Os versos.
Meus credos.

Chora...
Chora que tuas lágrimas levam as minhas.
No arrastar das areias.
Na praia vazia.
E lá se perderão, no salgado da água fria.

--

Das coisas que murmuravam nela.
Até que um dia, apareceu com um meio sorriso estampado no rosto e nos disse:
Cheguei a pensar em como pode ser tão latente algo tão simples?
Era como casar Eros com Ágape.
Me deixei levar pela lascívia sutil impregnada naquele corpo.
Era bonito até o jeito de negacear minhas promessas dignas de muitos sorrisos.
Até que aos poucos descobri a diferença de imergir e emergir.
E deixei de lado a mania boba de achar que, amar é morrer sempre um pouquinho.


.das gavetas.

O verso do Sr. Gerúndio.

Tu vindo e eu esperando
Tu sorrindo e eu pensando
Tu dormindo e eu cantando
Eu calada e tu amando
Eu amando e tu bestando


minha preferência, ainda por rimas pobres!!!

dá o play

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