2.8.07


.tritura.dor.

Dia desses eu achava que minha terapia estava sendo em vão.
Preferia mil vezes ir para o reiki, ficar deitada desbloqueando meus chakras, vendo gestalts violetas, azuis... Ou para acupuntura, ficar agulhas com enfiadas no corpo todo, dando aquela sensação de que você está sintonizada ao universo inteiro, como se ali fossem anteninhas ligando você às energias do mundo.

Mas aí com o passar do tempo eu percebi o “Q” da questão.
O grande lance da terapia é você chegar lá, pegar aquele emaranhado de gente que você carrega quando sai de casa, e fingir que aquela sala, aquela poltrona bege é um enorme triturador de carne, você joga todo mundo ali dentro, como se todos fossem um; mas antes você separa de um lado os com sentimentos bons, e do outro os com sentimentos ruins, do lado dos com sentimentos bons você coloca também os calmos, e ao lado dos com sentimentos ruins você coloca os doidos de pedra; junto com os calmos acrescenta os que entendem a essência do viver; e com os que acham que a vida é uma festinha e uma noite de muito entorpecentes que dão um barato, aglomera junto com os doidos de pedra.
Depois de dividir os grupos, você joga o primeiro grupo no triturador, o grupo do bem. Vai moendo moendo...
Não esquece.
São carnes!
Mói, mói...
Depois de moer, separa o prato, e num outro, mói o outro grupo, os que eu chamaria de grupo do mal. Feito coisa e criança quando diz "fulaninho é do bem, sicraninho é do mal". Porque quando a gente cresce tem de manter algumas coisas, por pura prevenção.
Ao finalizar a trituração de tanta gente, você pega os dois pratos, coloca um perto do outro e faz uma certa análise, pode até sentar e botar a mão no queixo, sem pressa, não estraga. Um dos dois pode ter virado uma bela pasta, que basta comprar trigo ela fica digna de um delicioso quibe cru, chique feito comida árabe, pra ser servida com limão, cebola, nada ali há de azedar o paladar.
E o outro prato fica só naquela pasta avermelhada e ensangüentada.
E que se não for para um quibe gostoso, não serve para quase nada, pelo menos pra mim, que ao contrário da Macabéa...
Eu detesto cheiro de carne!

Mas tudo é uma questão de ponto de vista ou paladar...
Há quem goste do cru da carne!


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Ahora, yo estudio español.

rá!

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Comprei um pé de arruda, para substituir o outro que faleceu devido a overdose de energia torta que andou entrando por aqui.
E se for o caso, vou passar a temperar a comida com umas folhinhas da mesma, como se fosse manjericão.

E tenho dito!

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arrêt là menina.

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saga de Teresa.

- Teresa, pelo amor de Deus, vai devagar mulher, assim tu vai ficar falada.
- Vou nada!
- Vai sim!
- Que nada, segundo a filósofa contemporânea Penélope da MTV, “a fila anda...”

- Teresa Teresa não brinca Teresa!


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Oh meu Santo Agostinho!
Vídeo, sed non invideo.

dá o play negrada!

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